Estreia no dia 6 de abril o filme
“Xingu”, novo filme do diretor Cao Hamburger. O filme retrata a
expedição dos irmãos Villas-Bôas, nos anos 1940, que deu origem à
demarcação do Parque Nacional do Xingu. A história é contada com um tom
de aventura, expondo os percalços pelos quais Cláudio, Orlando e
Leonardo passam para conseguirem completar a expedição.
Além de desbravar as terras do
Centro-Oeste brasileiro, os protagonistas entraram em contato com tribos
isoladas e até então pouco conhecidas. As trocas de experiências e os
contrastes com as culturas indígenas marcam os relatos dos irmãos.
A história mostra que o que poderia ser
uma ponte entre os dois mundos foi encarado pelos patrocinadores da
exposição como uma oportunidade de exploração e desenvolvimento a
qualquer custo. Por considerarem a preciosidade do patrimônio cultural e
natural que é o Xingu, os Villas-Bôas travaram uma luta intensa com o
governo brasileiro e poderes locais para salvar tribos inteiras da
região. Mais do que a retratação dos Villas-Bôas como heróis, o filme
consegue trazer à luz um debate atemporal sobre a formação do Brasil.
Segundo Cao Hamburger, “Xingu não é
apenas um filme atual, mas urgente”. A memória dos 51 anos da criação do
Parque Nacional do Xingu infelizmente não marca uma história de grandes
transformações nas relações legais com os povos indígenas. Pelo
contrário, os abusos contra eles continuam sendo cometidos em todos os
setores da sociedade brasileira, sem que isso seja discutido com a
sobriedade que o tema pede. O filme “Xingu” ilustra com beleza uma
história sobre respeito e tradição que não deveria ser esquecida pelo
povo brasileiro.
Fonte: Greenpeace
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