A extração de madeira tem sido umas das principais causas do
acirramento de conflitos agrários no Estado do Amazonas, onde, neste
fim de semana, uma extrativista foi assassinada © Greenpeace / Isabelle
Rouvilloi.
Infelizmente, a história se repete novamente: a violência na Amazônia
fez a sua mais recente vítima na noite do sábado passado (31). Quem
tombou, sem chances de reagir, foi a extrativista Dinhana Nink, de 27
anos, brutalmente assassinada em frente de seu filho de apenas seis anos
de idade.
O crime à queima roupa ocorreu no distrito de Nova Califórnia,
distante a aproximadamente 200 quilômetros de Porto Velho, no estado de
Rondônia. Os supostos assassinos foram identificados como Eussueli
Arraia e seu filho Jeferson Arraia. Relatos do pai da trabalhadora rural
apontam que eles a vinham ameaçando constantemente.
Quando o corpo de Dinhana foi encontrado, seu filho estava ao seu
lado chorando aos prantos, chocado com tamanha brutalidade. Ambos
estavam se preparando para dormir, de acordo com a polícia local.
Os vizinhos da vítima disseram que há quatro meses essas mesmas
pessoas foram responsáveis por atear fogo em sua casa, que fica no
acampamento “Ramal Mendes Júnior”, dentro do Projeto de Desenvolvimento
Sustentável (PDS) Gedeão, localizado no município de Lábrea (a 703
quilômetros de Manaus). As informações foram veiculadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A jovem extrativista pagou com sua própria vida por lutar para
proteger a floresta. Ela havia denunciando seus algozes por estarem
praticando extração ilegal de madeira no sul do estado do Amazonas, uma
região muito conflagrada.
No momento em que sua casa ardia em fogo, Dinhana foi agredida
fisicamente por Jeferson, gerando, assim, um Boletim de Ocorrência.
Porém, as investigações não foram adiante e o crime acabou se
consumando.
A situação no Amazonas denota os conflitos agrários enfrentados pelos
povos tradicionais. Atualmente, nove lideranças estão recebendo
proteção policial por estarem sofrendo ameaças de morte. Dentre elas,
consta o nome de Nilcilene Miguel de Lima, também moradora do PDS
Gedeão. Ela está sob escolta armada da Força Nacional de Segurança.
Estes casos são consequência da falta de governança na Amazônia. Se
você quer o fim desta situação e, ao mesmo tempo, almeja que nossas
florestas sejam preservadas da ação de seres inescrupulosos, assine a
petição pelo Desmatamento Zero. Esta realidade, triste e revoltante,
precisa mudar, e logo. Junte-se a nós.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Green peace
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