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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mais um corpo estendido no chão

A extração de madeira tem sido umas das principais causas do acirramento de conflitos agrários no Estado do Amazonas, onde, neste fim de semana, uma extrativista foi assassinada © Greenpeace / Isabelle Rouvilloi. 

Infelizmente, a história se repete novamente: a violência na Amazônia fez a sua mais recente vítima na noite do sábado passado (31). Quem tombou, sem chances de reagir, foi a extrativista Dinhana Nink, de 27 anos, brutalmente assassinada em frente de seu filho de apenas seis anos de idade.
O crime à queima roupa ocorreu no distrito de Nova Califórnia, distante a aproximadamente 200 quilômetros de Porto Velho, no estado de Rondônia. Os supostos assassinos foram identificados como Eussueli Arraia e seu filho Jeferson Arraia. Relatos do pai da trabalhadora rural apontam que eles a vinham ameaçando constantemente.  
Quando o corpo de Dinhana foi encontrado, seu filho estava ao seu lado chorando aos prantos, chocado com tamanha brutalidade. Ambos estavam se preparando para dormir, de acordo com a polícia local.
Os vizinhos da vítima disseram que há quatro meses essas mesmas pessoas foram responsáveis por atear fogo em sua casa, que fica no acampamento “Ramal Mendes Júnior”, dentro do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Gedeão, localizado no município de Lábrea (a 703 quilômetros de Manaus). As informações foram veiculadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A jovem extrativista pagou com sua própria vida por lutar para proteger a floresta. Ela havia denunciando seus algozes por estarem praticando extração ilegal de madeira no sul do estado do Amazonas, uma região muito conflagrada.
No momento em que sua casa ardia em fogo, Dinhana foi agredida fisicamente por Jeferson, gerando, assim, um Boletim de Ocorrência.  Porém, as investigações não foram adiante e o crime acabou se consumando.
A situação no Amazonas denota os conflitos agrários enfrentados pelos povos tradicionais. Atualmente, nove lideranças estão recebendo proteção policial por estarem sofrendo ameaças de morte. Dentre elas, consta o nome de Nilcilene Miguel de Lima, também moradora do PDS Gedeão. Ela está sob escolta armada da Força Nacional de Segurança.
Estes casos são consequência da falta de governança na Amazônia. Se você quer o fim desta situação e, ao mesmo tempo, almeja que nossas florestas sejam preservadas da ação de seres inescrupulosos, assine a petição pelo Desmatamento Zero. Esta realidade, triste e revoltante, precisa mudar, e logo. Junte-se a nós.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Green peace

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