O desmatamento em Roraima e Mato Grosso
disparou entre agosto de 2011 e março deste ano em comparação com o
período compreendido entre agosto de 2010 e março do ano passado, com
aumentos de 363% e 96%, respectivamente. Os números, divulgados no dia 5
pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), compõem estudo sobre o
monitoramento da Amazônia Legal.
Apesar de Roraima liderar o ranking
proporcionalmente, a área atingida em Mato Grosso é dez vezes maior,
chegando a 637 quilômetros quadrados (km²). Também foi em Mato Grosso
que houve o maior embargo de área para produção entre janeiro e março de
2012 (4,3 mil km²) e a maior quantidade de multas aplicadas na Amazônia
Legal, R$ 31,5 milhões, duas vezes mais que o Pará, segundo colocado.
O desempenho negativo desses estados não
afetou significativamente o quadro geral do desmatamento da Amazônia
Legal, que passou de 1.371 km² no ano passado para 1.398 km² neste ano.
Isso pode ser atribuído ao bom desempenho de estados como o Pará e o
Amazonas na redução de áreas atingidas.
O estudo também mostra que houve um pico
de desmatamento em fevereiro deste ano (307 km²) em comparação com os
números colhidos em dezembro (75 km² ) e janeiro (22 km²). Segundo a
ministra Izabella Teixeira, isso ocorreu porque a região ficou encoberta
por nuvens no verão, o que dificultou a medição adequada dos satélites
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A ministra Izabella Teixeira acredita
que os números de Roraima foram inflados com a migração de madeireiros
do Pará. Ela também acredita que o desmatamento crescente em Mato Grosso
tenha sido influenciado pelas discussões sobre a votação do Código
Florestal. “Ainda não temos explicações, mas sabemos que tem gente lá
dizendo que pode desmatar porque o sujeito vai ser anistiado.”
Segundo a ministra, outro motivo que
pode ter colaborado para o incentivo ao desmatamento é a edição de lei
federal que deu aos estados competência para fiscalizar áreas em que
pode ser liberada a retirada de vegetação, o que permitiria a
contestação de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Não existe nada na lei
que impeça a atuação de órgãos federais”, rebateu a ministra.
Até amanhã, amig@s!
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário