Um estudo da Coppe/UFRJ aponta que o
uso de 100% de biodiesel em caminhões-tanque pode reduzir em 78% as
emissões de CO2. A proposta depende do aumento da oferta de biodiesel no
mercado. O estudo visa a melhora da ecoeficiência no transporte
rodoviário de combustíveis líquidos e fornece indicações que podem
contribuir para aumentar a competitividade do etanol brasileiro, em
relação ao etanol norte-americano no mercado externo e em relação à
gasolina no mercado interno.
O trabalho mostrou que as rodovias, que
respondem por 96% da movimentação do etanol pelo território nacional,
são o pior meio entre novealternativas possíveis,
quando se levam em conta os impactos econômicos e ambientais.As
melhores alternativas incluem o uso de transportes intermodais.
No entanto, o estudo ressalta que o Brasil ainda não tem infraestrutura suficiente
para deslocar o combustível por esses outros modos. Por isso, a
necessidade de se aperfeiçoar o transporte rodoviário, reduzindo os
custos econômicos e ambientais com medidas como a diminuição do número
de acidentes rodoviários, alterações nos valores de frete e utilização
de até 100% de biodiesel no abastecimento dos caminhões-tanque que
transportam o etanol.
De acordo com o levantamento, o Brasil
tem uma grande diferencial que precisa ser aproveitado. O país produz
por hectare quase o dobro da produção norte-americana e praticamente
pela metade do custo. Enquanto a produção brasileira é, em média, de 6,4
mil litros por hectare, a um custo de US$ 137 por tonelada, os Estados
Unidos produzem 3,3 mil litros, que custam U$ 235 por tonelada. Mas 60%
do produto norte-americano é transportado até os portos por ferrovias,
10% por hidrovias e 30% por rodovias.
O estudo da Coppe também mostra a
necessidade de redução de pelo menos 40% no número de acidentes nas
estradas. Cada acidente de transporte rodoviário no Brasil custa em
média R$ 65.350,00. Somente o estado de São Paulo registra uma média
anual de 135 acidentes com transportadoras de líquidos inflamáveis.
“Se esses números forem reduzidos, o
custo do transporte pode cair na mesma proporção e, como consequência,
teremos queda também no preço do etanol”, calcula o professor Ilton
Curty, que realizou a pesquisa junto com o professor Marcio D’Agosto.
Ambos integram o Programa de Engenharia de Transportes da Coppe.
Até amanhã, amig@s !
Fonte: Ambiente Energia
Nenhum comentário:
Postar um comentário