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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Peixes ficarão menores e mais escassos nos oceanos, diz estudo


Pesca industrial e mudança climática podem impactar espécies em 50 anos.
Testes com modelo de computador foram feitos com peixes do Pacífico.
Sobrepesca e mudança climática afeta tamanho de
peixes e ameaça espécies (Foto: Reprodução/TV Gazeta

A pesca industrial e as mudanças climáticas podem impSobrepesca e mudança climática afeta no tamanho dos peixes e torná-lo mais vulneráveis a predadores, de acordo com estudo realizado por cientistas australianos e finlandeses, publicado no periódico "Biology Letters", da Academia de Ciências Britânica. Com isso, aumenta o risco de extinção de espécies cruciais para alimentação dos humanos.
Estudiosos já tinham observado como a pesca industrial, ao capturar os espécimes maiores, e o aquecimento global, ao reduzir o teor de oxigênio dissolvido nos oceanos, reduzem o tamanho médio dos peixes. Mas as consequências mundiais e de longo prazo deste fenômeno eram desconhecidas.
Um modelo feito em computador deste encolhimento progressivo nos próximos 50 anos tenta compreender o impacto sobre a população de cinco espécies de peixes do Oceano Pacífico. Eles chegaram à conclusão de que, mesmo com um tamanho reduzido em apenas 4%, em média, a taxa de mortalidade vinculada aos predadores poderia aumentar em até 50% e o volume de pesca diminuiria proporcionalmente.
"Mesmo uma ligeira diminuição no tamanho de uma espécie de peixe pode ter efeitos importantes em sua mortalidade natural", acrescentaram os cientistas. Seus cálculos consideraram cinco espécies comumente pescadas por barcos de arrasto australianos, entre elas o hoki, o congro-rosa e uma variedade de peixe-crocodilo.
Segundo seus modelos, a massa total de cada espécie diminuiria entre 5% e 35%, com exceção do hoki. Se o tamanho médio deste peixe encolher muito, o número de hokis aumentaria 10% enquanto eles se aproximariam das zonas costeiras para escapar de seus predadores.
Para os cientistas, não há dúvidas de que o ser humano está em curso de mudar os ecossistemas marinhos de todo o planeta, diretamente através da pesca ou indiretamente devido ao aquecimento do clima. "As práticas que ignoram as mudanças atuais correm o risco de sobrestimar os recursos em longo prazo e conduzir à sua superexploração", insistiram os autores do estudo.

Até amanhã,amig@s!

Fonte: g1.globo.com/natureza. 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Imagem mostra filhote de elefante 'velando' corpo da mãe na Malásia


Registro ocorreu na Ilha de Bornéu na última semana.
Serviço ambiental do país registrou dez óbitos suspeitos de envenenamento.
Filhote de elefante-pigmeu-de-Bornéu fica perto do corpo de sua mãe, encontrada morta por agentes ambientais da Malásia na última semana (Foto: Divulgação/Sabah Wildlife Department/Reuters)

Uma imagem emocionante feita no último dia 23, mas divulgada nesta terça-feira (29) pela agência de notícias “Reuters” mostra um filhote de elefante-pigmeu-de-Borneu (Elephas maximus borneensis) próximo ao corpo de sua mãe, encontrada morta por funcionários do serviço ambiental da Malásia.
Segundo a imprensa local, foram registradas nos últimos dias ao menos dez mortes de exemplares desta espécie de elefante na Ilha de Bornéu. Há suspeita de que eles tenham sido envenenados. O primeiro óbito ocorreu em 29 de dezembro, enquanto que a última morte foi em 24 de janeiro.

O elefante-pigmeu-de-Bornéu, uma subespécie do elefante-asiático, é considerado ameaçado de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Desde o fim de dezembro foram registradas dez mortes na Malásia de elefantes desta espécie. Há suspeita de envenenamento (Foto: Divulgação/Sabah Wildlife Department/Reuters).

Até amanhã amig@s!

Fonte:g1.globo.com/natureza.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Cresce em BH o número de árvores com a base do tronco cimentada

Prefeitura promete combater a prática que põe em risco parte dos 300 mil espécimes catalogados na cidade.
No Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul, próximo da esquina das ruas Aimorés e Ouro Preto, tronco de uma árvore abriga um bota-fora.

Contradição na paisagem urbana de Belo Horizonte. Enquanto o Executivo municipal torna oficial o exame periódico das árvores para combater a ação de pragas e insetos, há intervenções em ruas e avenidas que parecem decretar o lento extermínio do verde. Em bairros da Região Centro-Sul, o cimento toma conta da base das plantas, numa situação considerada “criminosa” por especialistas e “absurda” por moradores ouvidos. Na Rua dos Inconfidentes, no Funcionários, árvores frondosas são vítimas dessa prática, o que levou, na tarde de ontem, o zelador de um prédio a usar uma enxada, marreta e talhadeira para arrancar o concreto e deixar a água da chuva penetrar no solo. “É triste ver uma situação dessas na cidade”, disse Edilson Dias, de 46 anos, que trabalha num edifício há 14 anos.
Edilson Dias, zelador de um prédio na Rua dos Inconfidentes, Bairro Funcionários, alivia raízes da árvore

nove administrações regionais, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente. O número poderá crescer ainda mais, devendo chegar a 350 mil com a realização do Sistema de Inventário das Árvores de BH, parceria da prefeitura com a Cemig e execução da Universidade Federal de Lavras (Ufla), iniciado em outubro de 2011, previsto para terminar este ano. “Todas essas questões, como intervenções inadequadas, estão sendo acompanhadas”, disse o gerente da área de Projetos Especiais, arquiteto Júlio de Marco. Segundo ele, as ações para o combate de pragas e insetos são feitas há anos pela PBH.

A publicação na edição de ontem do Diário Oficial do Município (DOM) da Lei 10.610, que trata do combate às pragas e insetos, não estava inserida no Código de Posturas da capital, reeditado há três anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Regulação Urbana, essa prática não estava expressa no texto. Dessa forma, houve um acréscimo – artigo 29-B – ao capítulo II do título II da Lei 8.616/03, de 14 de julho de 2003. Por ela, “no caso de árvores que estejam em risco de queda devido à ação de pragas e insetos, o Executivo obriga-se a proceder ao seu isolamento, para evitar danos materiais e a resguardar a segurança dos munícipes”. As determinações são originárias do Projeto de Lei 1.631/11, do então vereador Alberto Rodrigues (PV) 
Com olhos, determinação e atitude de defensor da natureza, o zelador Edilson Dias retirou os pedaços de cimento em volta do tronco da árvore em frente ao prédio no qual trabalha, deixando as raízes expostas. “Vou manter este lugar como sempre esteve, com terra e um pouco de grama”, afirmou. Segundo Edilson, há mais de um mês uma equipe, que ele acredita ser da prefeitura, esteve no local e explicou que o espaço em torno da árvore teria que ser coberto, a fim de evitar água empoçada e proliferação do mosquito da dengue. Pouco tempo depois, no entanto, uma nova equipe passou pela rua e avisou que o cimento teria que ser retirado, por estar prejudicando o meio ambiente. “Ficamos sem entender nada, pois não fomos nós, do prédio, que cobrimos as raízes com o material. Desse jeito, o melhor é tirar isso logo”, disse o zelador. A foto da árvore sufocada foi publicada na edição de ontem do EM, e causou revolta nas redes sociais. 

Na Rua Inconfidentes, a advogada Izabela Guimarães apoiou a decisão do zelador, e Cláudia Ruela, moradora de um prédio, considerou “absurdo” cimentar as raízes. A Regional Centro-Sul informou que a prefeitura não foi responsável por esse serviço e que a ordem é manter “o quadrado ecológico” no entorno da base do tronco. A questão será avaliada por técnicos da Gerência de Fiscalização Integrada, que visitarão o local para tomar as medidas cabíveis. 

Em outras regiões da cidade impera também o desrespeito. Na esquina das ruas Ouro Preto e Aimorés, no Bairro Barro Preto, na Centro-Sul, há uma árvore na mesma situação. Além disso, a base do tronco dela é usada como banheiro. “É horrível passar aqui e ver sujeira e o cimento cobrindo as raízes”, disse a auxiliar jurídica de uma construtora Renata Alves. Perto dali, uma árvores convive com entulho e lixo.

Cimentar a base de uma árvore é uma atitude criminosa, segundo o professor de Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Renato Stehmann. “É preciso deixar uma área permeável ao redor do tronco, para não impedir que a água da chuva entre no solo. O recomendável é deixar um pequeno quadrado, seguindo as técnicas de plantio. Não agir assim é deplorável”, afirmou o professor.

Até amanhã, amig@s!

Fonte:Estado de Minas


Árvore agoniza em base de cimento na Rua dos Inconfidentes

Coitadas das árvores de Belo Horizonte. Já sofrem com a poda mutiladora praticada constantemente por empresas terceirizadas pela prefeitura e ainda são maltratadas por cidadãos sem a menor consciência ambiental. 
Um espécime na Rua dos Inconfidentes, esquina de Rua Ceará, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, recebeu nada menos que um banho de cimento em sua base. Depois o povo reclama de tanto calor e não pergunta o porquê.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Estado de Minas

sábado, 12 de janeiro de 2013

Povo Xavante denuncia despejo de veneno próximo à Marãwaitsédé



Indígenas Xavante denunciam despejo de agrotóxico próximo a Terra Indígena (TI) Marãwaitsédé, no último dia 26 de dezembro. Um avião teria pulverizado uma área próxima a aldeia durante 20 minutos. Aproximadamente 20 Xavante que estavam no local relatam que sentem fortes dores de cabeça e febre alta após a ação.
“Foi um ataque visível para nós, eu vi um pequeno avião jogando veneno aproximadamente às 8 horas da manhã do dia 26, bem próximo a aldeia, eu mesmo estou com problemas de vista e dores de cabeça após o despejo”, afirma o Padre Aquilino Xavante. O mesmo conta que não é o primeiro caso de despejo de veneno e que já ocorreram mortes nos Xavante em função de pulverização em locais próximos a aldeia.

A fazenda ao lado da terra é constituída de plantação de soja e fica a menos de 10 km da TI.  Cosme Xavante, uma das lideranças de Marãwaitsédé afirma que o avião passou rapidamente por cima da aldeia. “Nós temos uma lavoura na divisa com a fazenda. Eles passaram jogando veneno na semana passada também, sempre teve pulverização, mas nunca tão perto, nossa saúde está prejudicada”.

A liderança afirma que a Funai compareceu na aldeia e que o órgão alegou encaminhar o caso para investigação pelo Ibama. Em entrevista ao Cimi, o órgão indigenista afirmou que não há nenhuma comprovação por intoxicação ou despejo de agrotóxicos, mas que estão apurando a denúncia.

A operação de desintrusão da TI está em andamento e segundo informe da Funai: “Quem não sair terá os bens confiscados pela Justiça e deverá responder pelo crime de desobediência”. Os invasores tentam intimidar os indígenas após o mandado de desintrusão dos ocupantes ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 18 de outubro, pelo então presidente do STF, o ministro Carlos Ayres Britto.

De lá para cá intimidações e ataques pelos fazendeiros têm sido constantes. No dia 3 de novembro de 2012, um indígena foi perseguido na cidade de Água Boa por dois carros com pessoas que reconheceu serem do núcleo da invasão no território indígena Marãiwatsédé e capotou o veículo, sofrendo algumas escoriações.

Outro caso de intimidação que teve repercussão foi do bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, que se afastou no início de dezembro de 2012 de São Félix. O bispo foi acusado de ter sido responsável pela decisão do STF. Ameaças haviam se tornado cada vez mais insistentes e perigosas: "O bispo não verá o fim de semana".

Histórico

Marãwaitsédé está localizada nos municípios de Alta Boa Vista e São Félix do Araguaia, estado do Mato Grosso e começou a ser invadida durante a década de 1950 sendo adquirida na década seguinte irregularmente pela agropecuária Suiá-Missu. Os indígenas acabaram sofrendo migração forçada para a Missão Salesiana de São Marcos, 400 km longe de Marãiwatsédé, onde houve epidemia de sarampo. Cerca de 150 indígenas morreram e em 1980, a terra foi vendida para a empresa petrolífera italiana, Agip.

Durante a Conferência de Meio Ambiente realizada no início de 1990 no Rio de Janeiro, a Eco 92, a Agip anunciou, sob pressão, que devolveria Marãiwatséde aos Xavante. Dos 165 mil hectares homologados e registrados pela União, apenas 20 mil estão ocupados pelos indígenas. A terra foi homologada pelo Executivo em 1998 e mesmo com o reconhecimento, os indígenas sofrem grandes pressões de latifundiários e do poder político local para que Marãiwatsédé permaneça nas mãos dos fazendeiros.

Até amanhã,amig@s!

Fonte : Assessoria de Comunicação-Cimi