Parte considerável da infraestrutura está reconstruída, mas o plano completo para reeguer o país levará dez anos
Duas semanas depois do terremoto de março do ano passado os japoneses já conseguiam trafegar por rodovias recém destruídas, segundo informações oficiais. Apenas 18 dias após o desastre os aeroportos da região estavam funcionando. Mais de 90% da rede de fornecimento de água e eletricidade atingida já está recuperada. A resposta do governo à tragédia foi rápida, mas custou caro e ainda vai continuar gerando despesas por mais nove anos.
O plano do governo japonês para reerguer o país soma 23 trilhões de ienes ao longo de dez anos, o que equivale a R$ 500 bilhões na cotação atual.
Desse valor, a maior parte (19 trilhões de ienes, ou R$ 410 bilhões) será gasta nos primeiros cinco anos, contados a partir de julho de 2011, data em que o plano de longo prazo de reconstrução foi definido.
Antes disso, no entanto, o governo já havia aprovado 6,14 trilhões de ienes (R$ 130 bilhões) em orçamento suplementar para ações emergenciais.
Esse dinheiro foi alocado para remoção de entulho, empréstimos para famílias e empresas afetadas, investimentos em infraestrutura e apoio a pessoas atingidas, entre outras medidas.
Os gastos previstos pelo governo para reerguer o país (R$ 500 bilhões) superam a estimativa das perdas materiais (R$ 380 bilhões) porque não tratam apenas de reconstruir o que foi derrubado, mas também de aliviar os impactos negativos do desastre. Por exemplo, o governo ofereceu subsídios a empresas e criou estímulos à geração de emprego em regiões afetadas. Ainda, desde março do ano passado o governo já aprovou gastos de R$ 160 bilhões com remoção de entulho. Outro projeto que deve custar caro é a construção de novas áreas resistentes a terremotos.
Sílvio Guedes Crespo, de Economia & Negócios
Até amanhã,amig@s!
Fonte: Estadão
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