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quinta-feira, 15 de março de 2012

Ásia precisa de US$ 40 bi ao ano para enfrentar mudanças climáticas.

Nesta segunda-feira (12), o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) declarou que a Ásia precisa de cerca de US$ 40 bilhões por ano até 2050 para combater as conseqüências das mudanças climáticas.
Falando do Fórum de Adaptação às Mudanças Climáticas da Ásia-Pacífico em Bancoc, Bindu Lohani, vice-presidente de gestão do conhecimento e desenvolvimento sustentável do banco, afirmou, no entanto, que apenas US$ 4,4 bilhões estavam disponíveis para atividades de adaptação no mundo todo.



O vice-presidente do BAD observou também que, caso não haja ações para enfrentar as mudanças climáticas, os impactos do fenômeno, assim como os custos para combatê-los, poderão ser ainda maiores do que os previstos.
“Vai haver mais desastres naturais e eles complicarão o desafio de atingir o desenvolvimento sustentável na Ásia. À medida que as economias das regiões se tornam cada vez mais ligadas através de cadeias de suprimento comerciais, os impactos de tais desastres não estão mais confinados ao lugar de ocorrência, mas têm impactos regionais.”
“Com a probabilidade do aumento na frequência e intensidade dos desastres relacionados ao clima, como enchentes, secas e tempestades tropicais, os custos tanto da gestão de risco de desastres quanto da assistência pós-desastre e construção aumentarão mais”, continuou.
Lohani disse ainda que atualmente, mesmo os US$ 100 bilhões destinados ao Fundo Verde do Clima (FVC) para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas até 2020 podem não ser suficientes, o que só deve piorar a situação futuramente, já que os custos para conter o fenômeno tendem a aumentar.
“Embora países desenvolvidos tenham concordado em mobilizar cerca de US$ 100 bilhões até 2020 para a mitigação e adaptação, precisamos ter esse valor impressionante hoje e acho que podemos até precisar de mais”, advertiu.
Pithaya Pookaman, vice-ministro do meio ambiente tailandês, que também se encontrava no fórum, lembrou que as recentes enchentes na Tailândia, que chegaram a matar mais de 800 pessoas e a cancelar o encontro no ano passado, ilustram a escala dos efeitos das mudanças climáticas, e que Bancoc pode estar submersa em 20 anos a menos que questões chave em infraestrutura e planejamento no uso da terra sejam resolvidas.
“Os impactos adversos das mudanças climáticas estão entre os desafios mais importantes de nosso tempo. As enchentes severas no último ano na Tailândia são um grande indicativo da magnitude do problema, que não deve ser repetido se perseguirmos um caminho para o desenvolvimento sustentável”, ressaltou Pookaman.
“Deltas estão erodindo, florestas são derrubadas, recifes de corais são degradados, ecossistemas costeiros são super-explorados, mega-cidades têm expandido, a pobreza é galopante e as mudanças climáticas apresentam um perigo claro e presente em nosso modo de vida e existência”, concluiu o vice-ministro.

Até amanhã, amig@s!

Autor: Jéssica Lipinski – Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais

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