A sessão para votação do texto da
Medida Provisória do Código Florestal no Congresso estava marcada para
as 10h desta quinta-feira. Mas só às 16h os parlamentares iniciaram, de
fato, a deliberação. Isso porque tanto a bancada ambientalista quanto os
ruralistas estavam obstruindo a sessão. Obviamente, cada qual por um
motivo diferente.
Os ambientalistas porque veem, a cada
rodada de negociação do Congresso, piorar ainda mais um texto que já é
muito ruim. Já a bancada ruralista ainda não se deu por satisfeita com
as crueldades já aplicadas ao meio ambiente. Eles querem mais.
O relatório do senador Luiz Henrique
(PMDB-SC) foi aprovado por 16 votos a favor e quatro obstruções. Mas a
novela não para por aí. No dia 7 de agosto, após o recesso parlamentar,
ainda serão analisados os mais de 300 destaques ao texto, podendo
aumentar o estrago sem proporções. Depois disso, a MP vai para os
Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, onde os ruralistas
pretendem impor mais derrotas ao governo.
“A vontade de premiar o desmatamento e o
criminoso ambiental parece não ter fim. Hoje, com o apoio do governo,
os ruralistas pioraram ainda mais o texto que veio do Planalto. Tal como
está, a lei dará ainda mais liberdade para o avanço das motosserras,
deixando as florestas fadadas à destruição”, afirmou Marcio Astrini, da
Campanha Amazônia.
O texto aprovado hoje vai contra o
movimento global pelo desenvolvimento sustentável, tema sobre o qual
girou a Conferência Rio +20, que teve no Rio de Janeiro a sua sede, no
último mês de junho.
“Na Rio+20, os chefes de estado
entregaram ao mundo um texto vergonhoso. Poderíamos fazer diferente e
mostrar que há como se desenvolver respeitando o meio ambiente. Mas o
governo só tem olhos para o passado, cede às chantagens ruralistas e,
com isso, está jogando fora nosso diferencial de país”, disse Astrini.
Sem confiança na ação de seus
governantes, só resta à sociedade civil a iniciativa popular. A lei do
Desmatamento Zero é uma resposta ao desastroso Código ruralista. Dê sua
contribuição e assine pela proteção do maior dos patrimônios nacionais.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Greenpeace
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