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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sem freio, Código Florestal vai de mal a pior


A sessão para votação do texto da Medida Provisória do Código Florestal no Congresso estava marcada para as 10h desta quinta-feira. Mas só às 16h os parlamentares iniciaram, de fato, a deliberação. Isso porque tanto a bancada ambientalista quanto os ruralistas estavam obstruindo a sessão. Obviamente, cada qual por um motivo diferente.
Os ambientalistas porque veem, a cada rodada de negociação do Congresso, piorar ainda mais um texto que já é muito ruim. Já a bancada ruralista ainda não se deu por satisfeita com as crueldades já aplicadas ao meio ambiente. Eles querem mais.
O relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) foi aprovado por 16 votos a favor e quatro obstruções. Mas a novela não para por aí. No dia 7 de agosto, após o recesso parlamentar, ainda serão analisados os mais de 300 destaques ao texto, podendo aumentar o estrago sem proporções. Depois disso, a MP vai para os Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, onde os ruralistas pretendem impor mais derrotas ao governo.
“A vontade de premiar o desmatamento e o criminoso ambiental parece não ter fim. Hoje, com o apoio do governo, os ruralistas pioraram ainda mais o texto que veio do Planalto. Tal como está, a lei dará ainda mais liberdade para o avanço das motosserras, deixando as florestas fadadas à destruição”, afirmou Marcio Astrini, da Campanha Amazônia.
O texto aprovado hoje vai contra o movimento global pelo desenvolvimento sustentável, tema sobre o qual girou a Conferência Rio +20, que teve no Rio de Janeiro a sua sede, no último mês de junho.
“Na Rio+20, os chefes de estado entregaram ao mundo um texto vergonhoso. Poderíamos fazer diferente e mostrar que há como se desenvolver respeitando o meio ambiente. Mas o governo só tem olhos para o passado, cede às chantagens ruralistas e, com isso, está jogando fora nosso diferencial de país”, disse Astrini.
Sem confiança na ação de seus governantes, só resta à sociedade civil a iniciativa popular. A lei do Desmatamento Zero é uma resposta ao desastroso Código ruralista. Dê sua contribuição e assine pela proteção do maior dos patrimônios nacionais.

Até amanhã, amig@s!
 
Fonte: Greenpeace

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