Mais de 4 bilhões de pessoas devem
acompanhar hoje (27) a cerimônia oficial de abertura das Olimpíadas de
Londres a partir das 20h de Londres (16h em Brasília) que contará com um
espetáculo, mantido em segredo, e o desfile das delegações dos 192
países e 13 territórios. A solenidade será no Estádio Olímpico, um dos
locais especialmente preparados para o maior evento esportivo do mundo.
Às vésperas da abertura das
Olimpíadas, o governo do Reino Unido foi informado que a produção de
riquezas do país caiu 0,7% entre abril e junho. Foi o terceiro trimestre
consecutivo de queda no Produto Interno Bruto (PIB), acentuando ainda
mais a percepção de que a crise se agrava no país.
O orçamento de Londres praticamente
triplicou desde que a cidade foi escolhida para sediar os Jogos
Olímpicos, em 2005. Mas em meio à crise econômica internacional, os
responsáveis pelas obras se adaptaram aos novos apertos no orçamento e
entregaram todas as instalações nos prazos previstos e pelo valor
equivalente a 30 bilhões de reais, abaixo do que foi posteriormente
negociado.
Apelidados de Jogos da Austeridade em
meio ao contexto econômico de crise internacional, as Olimpíadas de
Londres vão deixar um legado avaliado entre 10 e 13 bilhões de libras,
valor que varia de R$ 31 a R$ 41 bilhões. Parte dos investimentos
contribuiu para reabilitar a região leste da capital, que ganhou um
parque olímpico novinho e que trouxe melhorias na rede de transporte,
infraestrutura, comércio e moradia.
Londres deixa um exemplo ao conjugar
rigor orçamentário com sustentabilidade pois a cidade foi escolhida
também pelo projeto que privilegiou aspectos de respeito ambiental.
Foram feitas obras que serão parcialmente desmontadas e reaproveitadas
em outros locais, como a arena de basquete, que será totalmente desfeita
e as arquibancadas para 12 mil pessoas deslocadas para o autódromo de
Silverstone e outros locais.
O próprio Estádio Olímpico, maior palco
dos Jogos, foi construído com 80 mil lugares, mas apenas 25 mil são
permanentes. O futuro proprietário do local decidirá o destino das
arquibancadas moduláveis.
Apesar da tensão, as autoridades
britânicas se esforçaram para manter o clima de festa e receptividade a
turistas que estão em Londres. Em Londres, há bandeiras do Reino Unido e
de vários países estendidas nas árvores, além dos cinco anéis que
simbolizam os Jogos Olímpicos.
Os organizadores enfrentaram muitos
problemas na reta final, como a ameaça de greve de agentes da imigração,
em busca de uma remuneração extra pela sobrecarga de trabalho, assim
como taxistas que protestam contra o uso exclusivo de uma faixa nas ruas
só para atletas e dirigentes olímpicos, e até a convocação de última
hora de 1,2 mil militares para garantir a segurança.
Os militares foram convocados depois que
a empresa contratada para o serviço anunciou que não tinha como
garantir todos os agentes, inicialmente, destinados ao evento. A rede de
transporte para o as regiões da cidade como o Parque Olímpico está
saturada. Mas autoridades pedem paciência para a população e os turistas
já que não há muito o que fazer.
É a terceira vez que Londres sedia o
maior evento esportivo do planeta, após ter organizado o evento em 1908 e
1948. A expectativa é atrair, nos próximos 17 dias, mais de 1 milhão de
visitantes de várias partes do mundo. As estimativas das autoridades
são as de que a receita com o turismo chegue a 1 bilhão de libras (cerca
de R$ 3,16 bilhões), nas duas semanas do evento.
Até amanhã,amig@s!
*Com informações da emissora pública de rádio, RFI.
Fonte: Agência Brasil
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