Pesquisadores internacionais afirmam
em estudo que é necessário reforçar a gestão ambiental da Antártica e
proteger melhor o último grande lugar “deserto” do planeta das
atividades humanas.
Segundo a investigação científica
publicada nesta quinta-feira (12) na revista “Science”, a proteção maior
é necessária para combater ameaças como o degelo, aumento do turismo,
pesca, poluição e invasão de espécies rasteiras, além de uma potencial
exploração de petróleo e gás natural nas áreas ao redor.
O estudo, que teve a participação da
Universidade Texas A&M, dos Estados Unidos, afirma ainda que o
sistema do Tratado da Antártica, conjunto de acordos internacionais para
proteção do continente que reúne 50 países, está sob pressão por conta
da mudança do clima e dos interesses de governos por recursos naturais.
A Antártica possui 90% da água doce do
mundo em estado sólido e é um dos locais fundamentais para pesquisas que
ajudarão a compreender como o ser humano pode vencer os desafios
existentes hoje na Terra, afirmam os cientistas.
De acordo com Mahlon “Chuck” Kennicutt
II, oceanógrafo que liderou a pesquisa e presidente do Comitê Científico
sobre Pesquisa Antártica (Scar, na sigla em inglês), o Polo Sul serve
como “termostato” para o planeta, por ser sensível, assim como o Polo
Norte, às oscilações de temperatura, respondendo rapidamente a qualquer
alteração no clima.
Uma proteção obrigatória e mais rígida
O grupo de cientistas sugere repensar um novo tratado para a Antártica que proíba a exploração de petróleo ou gás, já que ainda não há grande interesse das empresas de energia em investir nesta área – além da ausência de tecnologias para este ambiente.
O grupo de cientistas sugere repensar um novo tratado para a Antártica que proíba a exploração de petróleo ou gás, já que ainda não há grande interesse das empresas de energia em investir nesta área – além da ausência de tecnologias para este ambiente.
Além disso, ressalta a importância que a
Antártica terá se as calotas polares continuarem a derreter e elevar o
nível dos oceanos. Investigação recente publicada na “Nature” afirma que
os Estados Unidos, por exemplo, o nível do mar poderá aumentar até
quatro vezes mais rapidamente do que a média mundial.
Se o aquecimento continuar, o nível do
mar nesta parte da costa atlântica poderá aumentar, até 2100, 30 cm,
mais que o aumento de 1 m em média em nível mundial calculado pelas
projeções científicas.
“São precisos acordos e práticas que
respondam a essas ameaças de forma robusta o suficiente para durar os
próximos 50 anos. E que eles forneçam uma proteção necessária à
Antártica”, explica Kennicutt, em comunicado divulgado.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: G1
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