Durante cinco semanas, pesquisadores
estudaram a Antártica e chegaram a conclusão que a fertilização dos
oceanos pode ajudar a conter o aquecimento global. A análise foi
descrita na revista Nature, durante a terceira semana de julho.
A fertilização, realizada no
experimento, se deu em adicionar sulfato de ferro nos oceanos para
favorecer a proliferação de fitoplâncton – organismos microscópicos, a
exemplo das algas, que vivem próximos à superfície e servem de alimento
para animais. A intenção do estudo é que esses seres capturem o gás
carbônico (CO2) do fundo do mar – ação que pode vir a ser uma possibilidade de combater o aquecimento global.
O pesquisador Michael Steinke, da Universidade de Essex, no Reino Unido, explicou à AFP que o fitoplâncton faz fotossíntese em terra firme, assim como as plantas, armazenando e liberando CO2, o que ajudaria a manter a temperatura ambiente.
Pontos negativos
Contudo, a polêmica prática, que
é proibida pela legislação internacional, mas liberada para fins
científicos, pode trazer malefícios ao ecossistema marinho. Segundo os
responsáveis pela pesquisa, houve uma proliferação de algas unicelulares
(diatomáceas), que atingiu o pico um mês após o início da experiência, e
causou o falecimento em massa da espécie.
A consequência foi uma massa viciosa,
com o material fecal do zooplâncton (peixes, crustáceos e águas vivas),
que rapidamente submergiu para o fundo do oceano. É possível encontrar
fitoplânctons presos aos sedimentos no fundo do mar, após muitos anos.
Apesar da descoberta, Steinke acredita
que a técnica não será utilizada em larga escala para amenizar as
mudanças climáticas, pois encontrar o lugar adequado para esses
trabalhos é difícil e tem alto custo.
Até amanhã,amig@s!
Fonte: EcoD
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