A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte informou em coletiva na tarde desta quarta-feira que o corpo do gorila Idi Amin, que morreu nesta manhã, durante um procedimento médico-veterinário, será taxidermizado (empalhado). A fundação negocia expor o gorila no Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas, onde já estão os corpos de duas ex-companheiras dele - Dada e a Cleópatra -, que também morreram no zoológico da capital.
Idi estava sendo tratando de uma ferida no braço esquerdo desde o ano passado, que evoluía satisfatoriamente. Porém, nas últimas semanas, outras doenças crônicas, como insuficiência renal crônica e osteoartrite, que já eram controladas há anos por veterinários, alteraram o metabolismo do animal e causaram anemia e desidratação. Nos últimos três dias, segundo a FZB-BH, o gorila não saiu da jaula. O estado de saúde dele teria se agravado devido à idade avançada e às doenças. Nesta manhã, veterinários fizeram uma contenção farmacológica para que fosse feita uma hidratação parenteral mais profunda e coleta de amostras para a realização de novos exames. Porém, durante o procedimento, Idi sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível e morreu. O óbito foi constatado às 11h.
A FZB-BH ressaltou, durante a coletiva, que a vinda das fêmeas Imbi e Kifta, em agosto do ano passado, não tem ligação com a morte do gorila, único representante da espécie que vivia em cativeiro na América do Sul. Segundo a fundação, ele era um animal de idade avançada, mas em bom estado de saúde.
O corpo passou por uma necropsia nesta quarta-feira. O resultado deverá ficar pronto em aproximadamente 30 dias. O laudo vai indicar qual foi a causa da morte de Idi Amin.
Companheiras em todos os momentos
No tempo em que o gorila passou por momentos difíceis, com a debilitação devido às doenças, as suas duas companheiras Imbi e Kifta, mostraram que em pouco tempo foram conquistadas por Idi. Segundo a FZB-BH, durante o tratamento do gorila, as duas não saíram de perto dele e sempre mostraram comportamento natural e carinhoso. Quando tinham de ser retiradas do local onde eram feitos os procedimentos, Imbi e Kifta ficavam distantes, mas sempre atentas ao macho.
As duas chegaram a Belo Horizonte em agosto de 2011, vindas da Inglaterra. Além de fazer companhia ao solitário Idi Amin, o objetivo era gerar herdeiros. Elas não demoraram para adaptar ao novo ambiente e virou a alegria dos visitantes que lotaram o zoológico nos primeiros dias das fêmeas.
Desde a chegada das gorilas, segundo a FZB-BH, foram registrados pelo menos três acasalamentos entre Idi e a fêmea Imbi, mas sem indícios de gestação.
História
O gorila Idi Amin chegou ao zoológico em 1975, vindo de uma instituição francesa, ainda criança, com 2 anos. Com quase 2,60 metros de altura, mais de 200 quilos e um pelo escuro, com toques prateados no dorso, esse solteirão, infelizmente, não tinha muitos romances nem aventuras sexuais para mostrar aos visitantes. Idi foi transferido para a capital na companhia da fêmea Dada, da mesma idade dele. Os dois viveram juntos até março de 1978, quando ela morreu por complicações de uma infecção no ouvido.
Em fevereiro de 1984, o gorila ganhou uma nova namorada, Cleópatra, que morava no zoológico de São Paulo (SP). Mas, o romance durou pouco. Cleópatra, que estava debilitada, morreu 14 dias depois, com um grave quadro clínico de desidratação e diarreia. Desde que ficou viúvo pela segunda vez, o gorila viveu sozinho.
Até amanhã,amig@s!
Fonte: Do Estado de Minas
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