Gritando lemas como “ouçam as pessoas, não os poluidores” e cantando músicas de liberdade da África do Sul. Foi assim que centenas de manifestantes entraram no hall do prédio da 17ª Conferência das Partes (COP17), em Durban, na África do Sul, onde mais de 190 países discutem o futuro das negociações climáticas e medidas para mitigar o aquecimento global.
Os manifestantes, solidários à África e a países insulares – as regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas – pediam aos negociadores que tomassem medidas para obrigar as nações a reduzirem suas emissões de gases do efeito estufa, que ajudam a potencializar as consequências dos fenômenos climáticos extremos.
“O mundo está em solidariedade com aqueles em Durban que estão tomando medidas. As negociações climáticas têm apenas algumas horas, o futuro da África e do planeta está na balança. A história julgará esses negociadores baseada nas decisões que eles fizerem hoje à noite”, declarou Iain Keith, ativista do Avaaz.
Os protestos eram dirigidos sobretudo aos grandes países industrializados, mais responsáveis pelas emissões de dióxido de carbono, e consequentemente, pelos impactos climáticos. “Somos todos povos da África. Somos todos povos das ilhas. Presidente Obama, não ouça os CEOs das companhias de combustíveis fósseis. Ouça as pessoas”, pedia Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional.
Nos últimos dois dias, mais de 700 mil pessoas assinaram petições para que os maiores emissores estendessem o Protocolo de Quioto e não adiassem as ações climáticas até 2020, o que pode deixar uma ‘brecha’ nas medidas de mitigação a partir de 2012, quando o protocolo expira.
“Qualquer acordo para adiar uma verdadeira ação climática até 2020 seria uma sentença de morte para milhões de pessoas na África e por todo o mundo. Estamos cansados de esperar por progresso”, protestou Landry Ninteretse, da campanha climática internacional 350.org.
Ainda não se sabe se os manifestantes poderão continuar com os protestos ao longo do dia ou se serão retirados do local.
Até amanhã,amig@s!
Fonte: Instituto Carbono Brasil
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