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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"Ouro de sangue": garimpos ilegais invadem território Yanomami.

As aldeias Yanomamis têm sido diariamente ameaçadas em diversos diretos básicos concedidos a qualquer cidadão brasileiro. Desde os anos 80, garimpeiros que trabalham em minas ilegais levam doenças, mortes e destroem a floresta amazônica.
Criança Yanomami.

Os joalheiros da região dizem abertamente não se importar com a origem do ouro que recebem. Na reportagem do Fantástico deste domingo, um ex-policial federal assume comandar o comércio de toda a região.
E a PF, as Forças Armadas, o que têm feito para defender nossas florestas e as terras dos mais antigos habitantes das Américas? NADA.

Garimpo ilegal em aldeia Yanomami.
Nossas fronteiras são historicamente vulneráveis, sabemos que todo tipo de crime acontece nessas regiões. Como todo e qualquer brasileiro sabe disso, mas o governo nunca sabe, nunca vê?
Quais interesses escusos e graúdos estão por trás dos garimpos ilegais, do tráfico de animais, de drogas, de armas, de plantas e de pessoas?
São 16000 km de fronteiras sem nenhum tipo de fiscalização. Isso NÃO acontece em nenhum país que tem a ambição de se dizer desenvolvido.
É dever do poder público garantir a dignidade da pessoa humana e o direito fundamental de acesso às nossas riquezas naturais, tais como são.
Homem Yanomami e seu filho.
Como qualquer ser humano, os indígenas querem paz. Liberdade para viver sua cultura milenar, em contato com a natureza em equilíbrio.
Além de ser um problema sócio-ambiental grave, é uma questão de saúde pública. Cerca de 10% da população das aldeias Yanomamis (segundo as estimativas oficiais) foi dizimada pelas doenças trazidas pelos garimpeiros, contra as quais os índios não tinham qualquer defesa natural.
Isso sem contar as mortes provocadas pelos conflitos contra os invasores.
Cacique e crianças Yanomami.
Desde 1500 é assim. Quando vamos começar a evoluir um pouco e respeitar o outro? Quando o governo federal vai se preocupar de verdade com os brasileiros? E, principalmente, quando vamos começar a agir contra esses absurdos?

Até amanhã, amigos.



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