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sábado, 31 de dezembro de 2011

O projeto nuclear em xeque.

Lançado no último dia 06 de outubro, durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara Federal, estudo da Plataforma Dhesca Brasil denuncia provável contaminação da água que abastece a região ao entorno da mina de urânio em Caetité, Bahia, e impactos no meio ambiente e na saúde da população.
Greenpeace. Fonte: Envol Verde

Imagine temer beber água contaminada; produzir alimentos e não ter como vendê-los; conviver com a iminência de cânceres; sofrer perseguições e, ainda por cima, deparar-se com o silêncio das autoridades como resposta a cada questionamento. Este é o cenário enfrentado pelos moradores de Caetité, cidade localizada a 750 km de Salvador, na qual está em operação, desde 2000, a Unidade de Concentrado de Urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (URAINB), responsável pela atividade de mineração e transformação do urânio mineral em licor de urânio e este em concentrado de urânio, a principal matéria prima do combustível nuclear.

Urânio.Fonte: Italigado
Desde a instalação da usina, os problemas já enfrentados em uma cidade naturalmente uranífera, com parco abastecimento de água e até então sem energia elétrica, só aumentaram. A fim de viabilizar o empreendimento, a INB promoveu acordo com os moradores para usar a água extraída dos poços localizados em pequenas propriedades privadas, em troca de promessas de emprego e desenvolvimento local. Ao invés disso, entretanto, passou-se a vivenciar crescente falta de água, inviabilizando diversas atividades, da agricultura à lavagem de roupa. Pior ainda, em 2008, vários desses poços foram fechados, após um estudo solicitado pelo Greenpeace detectar alto índice de radioatividade da água, acusação comprovada pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ).
Contaminação da água pela radioatividade do urânio.Fonte:Arte

 
Pouco tempo depois, sem que estudo ou entidade demonstrasse o contrário, os poços foram reabertos. Desde então, os agricultores são compelidos a buscar outros mercados que desconheçam a procedência dos produtos O projeto nuclear em xeque à venda. Todos temem a contaminação que pode vir de Caetité. Diante da ameaça à vida de Padre Osvaldino, um dos defensores das comunidades da região, hoje incluído no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, vinculado à Presidência da República, e enfrentando o sigilo que caracteriza historicamente a abordagem da questão nuclear no Brasil, a Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania, em conjunto com a Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité, requereu, através da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, a realização de missão de investigação pela Relatoria do Direito Humano ao Meio Ambiente, vinculada à Plataforma Dhesca Brasil – Rede Nacional de Direitos Humanos.
Não a energia nuclear no Brasil. Fonte:Aatr

 
A socióloga Marijane Lisboa, relatora para o Direito Humano ao Meio Ambiente, pesquisou a situação entre 2009 e 2011, visitando a localidade e recolhendo evidências e depoimentos de movimentos e autoridades locais. Com isso, conseguiu demonstrar que a população carece de informações confiáveis sobre a atividade mineradora e seus impactos, especialmente na saúde. Não há, por exemplo, pesquisa sobre a incidência de mortes por câncer na população, embora seja comum ouvir um vizinho ou outro relatar conhecer alguém que sofre com o câncer. O único estudo médico encomendado pela INB não permite até agora conclusões confiáveis.
Uranio greenpeace.Fonte:Instituto
Blindagem

Ali, tudo parece conspirar para proteger a INB e evitar o conhecimento profundo de suas atividades”, declarou a relatora, que teve negado seu pedido para visitar as instalações e as condições de trabalho existentes na empresa. Além da fragilidade de órgãos públicos com capacidade para interferir na situação, como o Ministério Público, que não tem sequer procurador nomeado, “não existe, na cidade, uma unidade médica de oncologia”. Constatando-se a existência do câncer, a população tem que procurar atendimento em Vitória da Conquista, distante oito horas, ou Salvador, longe doze horas, ou ir para São Paulo.
Mina de urânio da INB Caetité. Fonte: Virtual

Na comunidade da Vaca, mais outra. Na Comunidade São Francisco, outra pessoa já detectou estar com leucemia.”, alertou. Já a presidente da Associação da Comunidade de Riacho da Vaca, Elenilde Barbosa, destacou que a associação buscou suprir a demanda de água através da solicitação de caixas de captação da água da chuva. A moradora soube, entretanto, que a instalação delas foi impossibilitada devido à contaminação do ar e às explosões resultantes da detonação do minério, que poderiam vir a quebrar os recipientes. Apesar disso, é desta água provavelmente contaminada que os animais bebem e as pessoas pescam, fatos que alertam para o possível raio de disseminação da radioatividade.

Minério de uranio. Fonte:Portal

 
Além da problemática em torno da água, bem essencial de todos, também a moradia da população está ameaçada. Em Caetité viviam comunidades quilombolas que tinham sua vida relacionada ao uso coletivo da terra. Com a chegada da empresa, de acordo com Osvaldino, houve desapropriações que modificaram a cultura local e levaram ao óbito de, ao menos, um morador. Por outro lado, vinte e seis famílias que vivem nas proximidades da mina, recebendo o gás radônio diretamente em suas casas, querem ser reassentadas, algo que até hoje não foi feito. A população reclama ainda a ausência de uma discussão coletiva em torno dos reparos necessários às casas que sofrem rachaduras a cada explosão.

Uranio.Fonte: G1

“Nunca tinha feito esse tipo de operação, que foi totalmente improvisada. (…) A segurança dos trabalhadores foi totalmente neglicenciada.”, denunciou o sindicalista atualmente em greve. “Chegou- se a despejar urânio no chão e pegar de pá para colocar dentro dos tambores. Portões foram abertos para tirar a poeira do local e jogar para fora, expondo os trabalhadores que estavam em outras áreas”. Nos primeiros dias, trabalhadores desmaiaram devido à ausência de condições mínimas de trabalho. “Colocaram os trabalhadores terceirizados com equipamento de proteção individual aquém do que poderia ser. Com marretas tentaram descompactar o material dos tambores e derramava-se o material de um tambor para o outro.”. Os terceirizados vindos de outras cidades chegaram a utilizar os macacões descartáveis dos trabalhadores da empresa, após estes serem usados e lavados, conforme relembra Lucas.

Uranio enriquecido. Fonte:Forum

A ação desastrosa legou à empresa multas de R$600 mil e, posteriormente, R$2 milhões. Os impactos sobre a saúde desses trabalhadores, no entanto, não podem ser quantificados, ao menos por eles. Embora o presidente da INB, Alfredo Tranjan Filho, tenha afirmado, durante a audiência na Câmara, que a empresa acompanhava a saúde dos seus trabalhadores, Lucas Mendonça afi rma o contrário: “Nenhum trabalhador recebeu resultado de exames. Todos os trabalhadores que participam dessa área [setor 170, no qual se deu a operação de reentamboramento] têm coletado urina e feito exames, mas embora tenham requisitado seus resultados, nunca os receberam. O clima lá dentro é de medo. A empresa diz que não tem contaminação, mas nunca liberou os nossos exames. O sentimento é de desamparo, não se tem a quem recorrer”, desabafa.


A auditora fiscal do Ministério do Trabalho, Fernanda Giannasi, que há mais de vinte anos acompanha a situação das empresas ligadas ao setor nuclear, confirmou as denúncias dos trabalhadores da INB após ida ao local. Lá ela encontrou vazamentos em paredes, marcas de urânio no piso e no portão do setor 170, além de um sistema de exaustão absolutamente precário. Diante da situação, Giannasi solicitou a interdição do setor para que a empresa realizasse o tratamento da área, a fim de evitar que o pó se espalhasse para fora. Assim como a interdição, que logo foi suspensa pelo Ministério do Trabalho, outra recomendação da auditora não foi efetivada: a eliminação dos contratos terceirizados para dar fim à alta rotatividade de trabalhadores precarizados, que hoje já somam 330, diante de 180 orgânicos, de acordo com o próprio presidente da INB, Tranjan Filho.

Processo de uranio. Fonte: Mineracão x Meio Ambiente

 
Durante o lançamento do relatório, a auditora questionou como uma atividade fundamental para a empresa poderia ocorrer tendo como base vínculos empregatícios tão frágeis. Giannasi cobrou ainda a regulamentação da convenção 115 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil, que diz que todos os trabalhadores expostos ao material radioativo deverão submeterse a exames médicos e serem acompanhados apropriadamente, antes ou depois da ocupação de seus postos, o que, conforme avalia, também não tem sido cumprido pela INB.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Brasil de Fato







Salada de Abacate com Romã.

Abacateiro.Fonte: Minhas Frutas

Ingredientes
Salada:
2 talos de salsão
1 romã
1 abacate
½ limão
Alface Crespa
Alface Roxa
200g de cenouras, cortadas em rodelas
50g de brotos de feijão
1 maço pequeno de cebolinha
Molho:
1 colher (sopa) de vinagre de maçã
Sal marinho a gosto
Pimenta-do-reino a gosto
4 colheres (sopa) de azeite de oliva extravirgem
Preparo
Salada:
Corte o salsão em pedaços de 2 cm. Abra a romã e retire as sementes. Reserve. Processe o abacate e junte o suco de limão. Reserve. Arrume as folhas de alface crespa e roxa em uma saladeira, acrescente os talos de salsão, as sementes da romã, o abacate, as cenouras e o broto de feijão.
Molho:
Em um recipiente, misture o vinagre de maçã, o sal marinho e a pimenta-do-reino e vá acrescentando o azeite de oliva extravirgem aos poucos, misturando até ficar com uma consistência homogênea.
Montagem:
Regar a salada e salpicar a cebolinha. Decorar com sementes de romã e um galho de cebolinha verde. Servir em seguida.
Rendimento: 4 porções
Valor calórico por porção: 194kcal

Dica: prefira sempre o preparo dos pratos com ingredientes orgânicos, que são livres de agrotóxicos, deixando as substâncias químicas fora do seu prato! Além de terem maior valor nutricional do que os alimentos cultivados de forma convencional.

Romanzeira. Fonte: Pela

A romã é uma riquíssima fonte de antioxidantes, ajudando a prevenir contra o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas, como câncer e doenças do coração.
O azeite de oliva extravirgem e o abacate são fontes de ômega 9 que possui ação na prevenção de doenças cardiovasculares.

Salada de Abacate com Romã

O abacate é fonte, ainda, de betasitosterol, que auxilia na redução dos níveis de cortisol, hormônio liberado em maior quantidade em situações de estresse e que está relacionado ao aumento da compulsão alimentar e do acúmulo de gordura na região abdominal. Também auxilia na melhora da imunidade e controle da glicemia.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Flávia Figueiredo – Nutricionista da rede Mundo Verde.

No Recife, chefs ensinam receitas para ceia de ano novo vegetariana.

Saúde, ecologia, ética, economia, paladar, religião. São várias as razões que levam uma pessoa a adotar uma dieta vegetariana, aquela que exclui do cardápio todos os tipos de carne e derivados animais. Consumir alimentos de origem vegetal requer disciplina e uma dose de paciência, tanto para achar locais que vendam produtos orgânicos, quanto para fugir das tentações. Nas festas de fim de ano, então, fica ainda mais complicado.

Alimentos organicos. Fonte: Yorda

Nessa época, os pratos tradicionais vão do peru, pernil e bacalhau até o chester, tender, farofa de ovo… Por isso, o G1 foi atrás de receitas para uma mesa vegana, no Recife. A chef de cozinha Rejane Silva, do restaurante O Vegetariano, elaborou uma salada mista para a entrada e um prato principal. “São pratos para uma ceia da paz, pois não exploram nem abusam de animais, e são muito saudáveis”, disse.

Torta de ricota com tomate seco e alho poró é o prato principal. Panetone vegan e maçãs recheadas ficam para a sobremesa.

O chef de cozinha João Lima trocou – e retirou também – alguns ingredientes do panetone, sobremesa típica do Natal, para os adeptos do vegetarianismo. “Nem sempre os produtos orgânicos são mais caros, até porque há um valor nutritivo agregado. Fora que a carne sempre é o item que mais pesa no bolso”, comentou. Ele ainda inventou uma receita de maçã recheada.


Até amanhã, amig@s!

Fonte: G1/PE


Romã e uva são as frutas mais vendidas para simpatias no Ano Novo.

Com a proximidade do Réveillon, as feiras e mercados precisam reforçar os estoques de frutas para atender aos supersticiosos. Romã e uva são as campeãs de procura, mas é amplo o repertório que faz decolar as vendas do comércio no final de ano. Desejando sorte ou apenas uma mesa mais bonita, os clientes do Mercado Municipal de Curitiba rodam pelas barracas em busca do melhor preço.

Plantação de romã. Fonte: Mostrando

“A procura por estas frutas aumenta muito, romã então, nossa, chega até a faltar”, disse ao G1 a atendente de uma das barracas, Maria Aparecida. Ela conta que apesar da procura pelas “frutas da sorte” ser mais restrita à romã e a uva, as simpatias relatadas são das mais variadas. “Uns colocam as sementes na meia, outros no guarda-roupa, e deixam até o ano seguinte”, contou.
O casal Daniela e Wagner foi abordado pela reportagem enquanto pesquisavam os preços da uva no mercado. Eles contaram que seguem a tradição de comer 12 uvas, uma para cada mês, e guardar as sementes por tradição familiar. Questionada se a simpatia realmente dá sorte, ela rebateu a dúvida diretamente ao companheiro: “Acho que sim, né?”, perguntou entre risadas.

Plantação de lichia. Fonte: Abacas

Por uma questão mais estética do que supersticiosa, lichia, ameixa, cereja, figo e pêssego também são alvos nesta época. Aparecida diz que é comum que as pessoas procurem estas frutas para enfeitar a mesa da ceia de ano novo, principalmente as vermelhas. Ela lembra também que a lichia e a cereja são colhidas apenas nesta época do ano, o que também aumenta a procura dos consumidores.

Plantação de romã. Fonte: Algar
Simpatias

Romã – A fruta é cheia de sementes, razão pela qual é muito associada à prosperidade, fartura e fertilidade. Uma das simpatias mais recorrentes envolvendo esta fruta diz que é preciso segurar três sementes nos dentes à meia noite. Estas sementes devem ser secas posteriormente e envoltas em papel branco, para que enfim sejam guardadas durante todo o ano seguinte.

Plantação de uva rubi. Fonte:Portal

Uva – As preferidas pelos supersticiosos são aquelas com semente, e simbolizam boa sorte para os próximos meses. A simpatia mais comum envolve 12 uvas, uma para cada mês do ano seguinte. Elas devem ser ingeridas uma seguida da outra, cada uma com referência a um desejo diferente. As sementes devem ser guardadas juntas, de preferência na carteira se o objetivo for ganhar mais dinheiro. Algumas pessoas optam por sete uvas, ou outro número que lhes traga sorte.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: G1 Paraná

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Índios isolados são identificados em área de impacto das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio na Amazônia.

Expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Madeira (FPEA Madeira) da Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou a presença de índios isolados em uma área da Terra Indígena Katauixi/Jacareúba, no Estado do Amazonas, entre os municípios de Lábrea e Canutama, na divisa com Rondônia.
Índios isolados são identificados em área de impacto das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio na Amazônia

A área onde vestígios, pegadas e outros sinais da presença de índios isolados foram encontrados fica a 30 quilômetros do canteiro de obras das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio. A Funai baixou uma portaria reconhecendo a presença do grupo e restringindo o acesso ao local, com delimitações na região.
A confirmação de índios isolados foi feita pela expedição da FPEA Madeira em outubro deste ano, mas o relatório da Funai só veio à público neste mês, quando ele foi publicado no blog a Coordenação Regional Madeira, mas retirado em seguida.

Índios isolados. Alguns povos indígenas, desde a época do Descobrimento.Fonte: Reporter

Nesta segunda-feira (26), o coordenador da FPEA Madeira, Rogério Vargas Motta, ao ser procurado pelo portal acrítica.com, confirmou que há dois meses a expedição formada por ele e outros funcionários da Funai, além de dois indígenas da etnia apurinã, foi abordada por meio de assobios simulando sons de animais pelos índios isolados.
Motta disse que as informações sobre a presença deste grupo contatado já existia há 20 anos, mas somente agora é que os vestígios foram detectados. Há suspeitas de que os índios isolados pertençam ao mesmo grupo dos índios da etnia juma, cujos últimos remanescentes são apenas quatro pessoas.

Fotos exclusivas de índios isolados no Brasil. Fonte: Fernando

Motta conta que durante a expedição, que começou a operar neste ano, a equipe subiu as cabeceiras do rio Paciá (afluente do rio Purus e Amazonas).
A confirmação da existência dos índios isolados seu deu no meio da mata, por meio de diferentes manifestações: sinais de pegadas, quebradas e torções de arbustos, galhos cortados, palhas trançadas e assobios. A expedição optou por não se aproximar dos indigenas, adotando uma estratégia diferente da realizada no passado.
“Os apurinã morrem de medo deles. E não podíamos chegar muito perto porque poderíamos levar flechadas. A metodologia da Funai não é fazer contato. Se identificamos vestígios, optamos por nos afastar”, disse Mota.

Lindas imagens de índios isolados no Estado do Acre/ Brasil.  Fonte: Izabella

O coordenador de índios isolados da Funai, Leonardo Lenin dos Santos, disse ao portal que os trabalhos da FPEA Madeira vão ser intensificados.
“A presença dos indígenas está em uma área próxima de dois empreendimentos. A frente foi criada justamente em função de indícios de índios isolados e da sua vulnerabilidade”, disse.
Santos disse também que as expedições vão continuar para que sejam elaborados “subsídios para a Funai” executar ações visando a proteção dos indígenas isolados a partir de 2012.

 Rondando a região onde habitam os indígenas isolados, no Rio Envira. Fonte: Ampla

Rogério Vargas Motta reiterou que é preciso elaborar um Plano de Trabalho mais duradouro junto à área dos índios isolados para evitar impactos sociais provocados pelas duas hidrelétricas e pelo avanço de invasão nas áreas sobrepostas – o local fica no entorno do Parque Nacional Mapinguari e Terra Indígena Caititu.
Segundo Motta, há outros indícios da presença de outros grupos isolados na região e não apenas este confirmado em 2011 pela FPEA.

Até amanhã,amig@s!

Fonte: Mercado Ético

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Agricultura agroecológica será reforçada pelo MDA em 2012.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) acaba de definir metas para investimento na produção de alimentos agroecológicos e orgânicos no Plano Plurianual do Governo Federal (2012-2015). Entre elas estão a construção do marco legal, a promoção e o acesso a mercados e o investimento em ciência e tecnologia. Para 2012, o MDA pretende aumentar a base produtiva orgânica por meio do fortalecimento das redes e das organizações que atuam com agricultura familiar, e incrementar a comercialização nos mercados institucionais e privados voltados para o setor.

A Agroecologia é uma nova abordagem da agricultura que integra diversos aspectos agronômicos, ecológicos e socioeconômicos, na avaliação dos efeitos das técnicas agrícolas sobre a produção de alimentos e na sociedade como um todo.Fonte: Hots

Outro desafio é ampliar a regularização dos produtores ao marco legal de orgânicos do Brasil, e com isso dar mais força a esses produtores nos principais mercados consumidores. “O governo federal desenvolveu uma legislação moderna para regulamentar a certificação e a produção de agroecológicos no Brasil. Ela leva em consideração as necessidades dos agricultores familiares, e entrou em vigor este ano [2011]. Com a legislação, o agricultor terá de cumprir as adequações da lei e, para garantir a aplicação da lei, o MDA põe técnicos à disposição dos agricultores familiares para efetivar a certificação. Dos 90 mil produtores do País, 20 mil estão certificados”, explica Arnoldo de Campos, diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do MDA.

Pelo seu Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Fonte: Jornal da AgroEcologia

O consumo de alimentos orgânicos está crescendo no Brasil. Dados do setor dão conta de que o ritmo desse crescimento é de 20% ao ano, e a demanda por esse tipo de alimentação livre de agrotóxicos tem se tornado tão intensa que, nos últimos três anos, o Ministério do Desenvolvimento Agrário investiu mais de R$ 39 milhões para impulsionar a produção de 87,4 mil agricultores familiares do país envolvidos com agricultura orgânica e agroecológica.
Esses produtos integram a lista de iniciativas mundiais em favor da segurança alimentar. Segundo Arnoldo, dentre os tipos de financiamento oferecidos pelo MDA para os sistemas orgânicos de produção destacam-se o Pronaf Agroecologia e o Pronaf Sustentável — instrumentos específicos para a agricultura familiar orgânica ou agroecológica que consideram a diversidade e a complexidade desses sistemas produtivos.

Planejando propriedades e paisagens. Fonte: Terceira Via

Na SAF, existem, atualmente, nove convênios em curso para fomentar a agregação de valor e a geração de renda na agricultura familiar por intermédio da promoção e adequação dos agricultores familiares às normas dos orgânicos.
Os agricultores familiares que usam o sistema de produção agroecológico contam também com assistência técnica, fomentada pelo MDA e ações de melhoria da gestão dos empreendimentos que trabalham com orgânicos e com produtos da sociobiodiversidade. “Hoje, esses produtos têm vantagens no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que paga até 30% a mais do preço em relação ao alimento convencional. Além disso, promove também a inserção desses alimentos no mercado institucional, como no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”, explica Campos.

Os Agricultores familiares foram capacitados  no curso de agroecologia. Fonte:Jornal da Chapada

Na mesma direção da produção sustentável, os produtos da sociobiodiversidade também vêm sendo adquiridos por meio do PAA num volume crescente: em 2009, foram R$ 6 milhões comprados em mãos de 1,9 mil famílias. Em 2010, as aquisições somaram R$ 10 milhões beneficiando 3,4 mil famílias de agricultores. A sociobiodiversidade é uma forma de produção integrada com a natureza, com os biomas brasileiros e com o conhecimento tradicional. É um segmento que gera bens e serviços a partir de recursos naturais, os quais são manufaturados pelas comunidades e promovem a manutenção e a valorização de práticas e saberes, que geram renda e fomenta a melhoria de qualidade de vida e do ambiente em que vivem.
Tomate organico. Fonte: O Diario
Estudos do MDA demonstram a necessidade de aperfeiçoamento da política fiscal e tributária para produtos sustentáveis. O objetivo do MDA é apresentar propostas sobre essa questão no próximo Plano Safra, que deverá ser lançado entre maio e junho de 2012. “O tema do Plano Safra da Agricultura Familiar será a sustentabilidade. Nele, haverá um pacote de medidas para estimular o desenvolvimento dessa produção que envolve produção orgânica, agroecológica e produtos da sociobiodiversidade”, antecipa o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da SAF/MDA.

  Sistemas de produção integrada de hortaliças agroecológicas sem agrotoxico. Fonte: Conexao

Todo esse esforço é para reverter a situação constatada no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, relativo ao ano de 2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgado em dezembro de 2011 – o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo: 5,2 kg/habitante/ano. Por outro lado, a busca dos consumidores pela origem dos produtos, por uma melhor qualidade de vida, por saúde e por meio ambiente preservado e conservado também vem aumentando.


Sistemas de produçao integradas.Fonte: Uniso

Criado em 2003, o PAA faz parte do grupo de ações do Fome Zero para garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade. O PAA também incentiva a formação de estoques estratégicos de alimentos e permite aos agricultores familiares armazenarem produtos para a comercialização.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Agroecologia é uma linha de crédito para financiamento de investimentos nos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo custos de implantação e manutenção dos empreendimentos. O limite da operação é de R$ 130 mil e o prazo de pagamento é de até dez anos. A taxa de juro é de 1% ao ano, para os investimentos de até R$ 10 mil, e de 2% ao ano, para financiamentos entre R$ 10 mil e R$ 130 mil.

Horta organica. Fonte: Mundo Orgnico

Diferente de uma linha de crédito, o Pronaf Sustentável é uma metodologia de atendimento associado feita por técnicos da assistência técnica e extensão rural para planejar, orientar, coordenar e monitorar a implantação de financiamentos via agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Essa metodologia tem enfoque sistêmico, ou seja, global, e é realizada no âmbito das modalidades do Pronaf.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Agrosoft Brasil

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Dica Cultural: livro Uns Poucos Versos.

Cristina DeSouza, além de ser uma amiga pra lá de especial, também é uma escritora muito talentosa.

Uns Poucos Versos, o mais recente trabalho desta sensível poetisa.

No livro, a beleza dos jogos de palavras encontra uma profundidade que parece vir diretamente da alma de Cristina.
Vale muito conferir este belíssimo trabalho.
Ela também disponibiliza alguns poemas de sua autoria no blog Mix-Tura.
Interessou? Segue abaixo uma lista de lugares (virtuais ou não) onde você pode adquirir um exemplar:


Até amanhã, amig@s!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Mata Atlântica terá 320 pontos estudados no próximo ano.

A partir de janeiro, a Mata Atlântica fluminense vai passar por um raio X . Durante todo o ano, cinco equipes formadas por cinco especialistas da Secretaria Estadual do Ambiente farão o inventário da biodiversidade de 320 pontos da floresta em todo o Estado. Segundo a superintendente de Biodiversidade e Florestas da secretaria, Alba Simon, o objetivo é determinar a situação real da Mata Atlântica para que possam ser implantadas políticas públicas mais efetivas de conservação da floresta.

Mata Atlantica. Fonte: Verde

“Vamos fazer a coleta do solo, da vegetação, a contagem de carbono no local e perguntar às comunidades próximas a esses pontos qual o uso pessoal e econômico que elas fazem dos recursos naturais da floresta, se usam a madeira para combustível, se usam ervas para a saúde. A conclusão do inventário nos dirá em que situação se encontra a Mata Atlântica”, disse Alba, ao explicar a pesquisa, que terá apoio de especialistas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
O material coletado do solo será enviado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para análise e o da vegetação, para o Jardim Botânico. De acordo com Alba, os estudos mais atuais indicam que a Mata Atlântica tem hoje entre 21% e 27% de cobertura florestal. No entanto, são estudos feitos com base em imagens de satélite, o que dificulta  estabelecer com precisão o estado da floresta.

 
A Mata Atlantica  é um bioma presente na maior parte no território. Fonte: Mauricio

“Nunca pisamos no solo para ver o que são esses 27%, se são um bando de jaqueiras, por exemplo. Queremos crer que não, pois são fragmentos florestais, mesmo assim, precisamos saber o que estamos preservando nas unidades de conservação”, disse ela.
A pesquisa dará prioridade às áreas de unidades de conservação e lugares onde estão programados licenciamentos para empreendimentos de grande porte. A superintendente de Biodiversidade e Florestas da Secretaria de Ambiente lembrou que existem no estado do Rio empreendimentos com grande impacto ambiental previsto para os próximos anos e disse que, com o estudo, será possível haver mais rigor no licenciamento.

Fundação SOS Mata Grande. Fonte:Afnatura

“Na Bacia de São João, por exemplo, há vários projetos de grande impacto e, por isso, vamos correr e conhecer primeiro, antes de licenciar. Se o inventário tivesse sido feito antes do Comperj [Complexo Petroquímico da Petrobras], não haveria toda essa gritaria agora”, disse ela, ressaltando os impactos socioeconômicos e ambientais em Itaboraí com a implantação do Comperj, contestada por ambientalistas e moradores da região.
“Este é o marco zero de uma política séria para a conservação da biodiversidade no estado do Rio de Janeiro”, completou Alba Simon.

Mata Atlantica um bioma que precisa ser preservado. Fonte: Ana

O estudo do Rio será o segundo inventário feito no país – o primeiro foi em Santa Catarina. A ideia é que os 15 estados que compõem a Mata Atlântica mapeiem suas florestas para criar um inventário nacional, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. O projeto custará cerca de R$ 5 milhões, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano e do Fundo da Mata Atlântica. A meta do ministério é realizar o inventário a cada cinco anos.
A pesquisadora disse que espera com o inventário revelar um retrato fiel e cruel da Mata Atlântica, com base nos resultados de Santa Catarina. “A mata está muito rala, fragmentada, sem continuidade. O resultado foi muito ruim com relação à quantidade, qualidade, biodiversidade. Encontram mais espécies em extinção do que previam”, destacou.

Parque Mata atlantica. Fonte:Travelpod

Se os resultados do inventário do Rio forem similares aos de Santa Catarina, Alba defende que se tripliquem os investimentos em conservação, restauração e reflorestamento. “A biodiversidade é a espinha dorsal dos outros serviços. Sem serviço ambiental não temos nada mais”.
No dia 27 de maio de 2012, data comemorativa da Mata Atlântica, será divulgada uma prévia do censo da floresta.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Agência Brasil



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Porto na BA causará danos ao ambiente.

Relatório de impacto sobre obra de infraestrutura logística em Ilhéus reforça críticas ao projeto; governo enaltece ganhos socioeconômicos

Após pressão, porto em Ilhéus vai mudar de local _ A alteração ocorre após pressão de organizações não governamentais (ONGs) ligadas à proteção ambiental e de um pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), feito em fevereiro, para que fossem apresentadas alternativas de localização para o complexo./ Agência T1
 O Porto Sul, obra de infraestrutura logística a ser construída em Ilhéus, no litoral sul baiano, vai causar uma série de impactos ambientais e socioeconômicos, mesmo depois da mudança do projeto da Ponta do Tulha, área de proteção ambiental, para a Aritaguá. É o que aponta o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto, apresentado ontem pelo governo da Bahia.
O documento, elaborado pelas empresas Hydros Engenharia e Planejamento e Orienta Consultoria, Engenharia e Negócios, a pedido do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), foi concluído seis meses depois de o governo baiano promover a mudança do local do projeto, por pressão de entidades de defesa do meio ambiente.
Vista da serra grande ilhéus. Fonte: Social

Entre os impactos ambientais listados estão 29 negativos ao ambiente físico da região, 36 ao bioma e 19 ao ambiente socioeconômico da área. Entre os impactos negativos que mais chamam a atenção no projeto, que prevê a interligação entre a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) a rodovias e a um aeroporto internacional, estão a necessidade de reassentamento de comunidades da região (cerca de 4 mil pessoas, a maioria formada por pequenos agricultores), a previsão de morte de peixes e a possibilidade de colisões de navios com mamíferos marinhos, muito frequentes na área, além de alterações na movimentação de leitos de rios e de sedimentos costeiros – o que pode alterar a configuração das praias e manguezais da região.
Entre os impactos socioeconômicos, o relatório cita 12 positivos, como a criação de empregos – 2 mil postos de trabalho diretos, durante a construção da obra, além de cerca de 6 mil indiretos – e a possibilidade de transformar a região em polo logístico nacional, aumentando a arrecadação de impostos do Estado.

Fazenda de cacau. Fonte:Casal do Mato

“O relatório mostra o que temos dito, que o projeto tem muito mais impactos negativos do que positivos, e impressiona a desproporção entre os dois lados”, diz o presidente ONG Floresta Viva, Rui Barbosa Rocha.
Para o governo, porém, a maioria dos impactos negativos pode ser atenuada por meio de ações compensatórias, e os custos ambientais e sociais do projeto, orçado em R$ 2,4 bilhões, são justificados pelos benefícios. A administração pública espera dar início às obras em 2012. Nos dias 27 e 28, entidades contrárias à construção do terminal preparam uma série de ações, com a participação de integrantes de comunidades diretamente atingidas pelo projeto.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Tiago Décimo O Estado de São Paulo 




Um Natal Animal para todos!!!

Amigos, esta é a mensagem de Natal do blog Nas Entranhas da Terra.
Ainda precisamos aprender muita coisa com nossos irmãos não-humanos...
Este é um vídeo como você nunca viu, vale a pena conferir.
Foi feito por nós com todo o carinho.
Feliz Natal e um 2012 repleto de paz para todos nós, habitantes deste planeta.



Até amanhã, amig@s!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A felicidade está em queda.

Estudo chegou à conclusão avaliando uso de palavras no Twitter

As pessoas estão mais infelizes. Pelo menos, isso é o que sugere uma pesquisa feita na Universidade de Vermont e publicada no periódico PLoS ONE. Segundo os autores, após uma leve tendência de elevação entre janeiro e abril de 2009, esse sentimento se mostrou em queda na primeira metade de 2011.


Foi a partir da análise de dados do Twitter que os pesquisadores chegaram a essa conclusão. Durante três anos, o time reuniu mais de 46 bilhões de palavras escritas em tweets por 63 milhões de usuários em todo o mundo. Segundo eles, esse conjunto não é apenas a expressão do estado mental de uma pessoa – mas reflete o que as pessoas estão sentindo em geral e dá pistas sobre o humor de determinados grupos.

Fonte: Rose

Esses bilhões de palavras contém de tudo um pouco – de comida a suicídio, por exemplo. Para detectar o sentido emocional de cada uma, os autores usaram um serviço chamado Mechanical Turk. Com essa ferramenta, um grupo de voluntários dá notas, de um a nove, à carga de “felicidade” – a temperatura emocional – de dez mil das palavras mais comuns em inglês. Para se ter uma ideia, em média os voluntários avaliaram, por exemplo, “sorriso”, com uma nota 8,5, “comida” com 7,4 e terrorista, com 1,3.
Nos últimos três anos, os padrões do uso das palavras mostram uma queda na medida da felicidade. Ou pelo menos uma queda na felicidade dos que usam o Twitter. “A felicidade individual é uma métrica fundamental na sociedade”, dizem os autores. Segundo o artigo, medir esse sentimento tem sido difícil por meios tradicionais porque muitas vezes as pessoas não são sinceras nas entrevistas.

Fonte: Doce Amargo

A nova abordagem fornece um olhar coletivo sobre a sociedade e permite dar um sentido a expressões agregadas por milhões de pessoas. E isso abre a possibilidade de tomar medidas que podem ter aplicações em políticas públicas, por exemplo.
Entre os resultados apontados, há sinais claros da felicidade ao longo da semana – com o ápice aos fins de semana e o ponto mais baixo na segunda e terça-feira.
Num gráfico de longo prazo, é possível observar subidas e quedas. Enquanto que a maior tendência de aumento é nos feriados, os dias mais negativos são aqueles relacionados a acontecimentos fora da rotina da pessoa, como a crise econômica ou o tsunami no Japão.
Mas os autores frisam que esses dados se relacionam à felicidade individual momentânea – e não àquela de longo prazo, uma avaliação reflexiva sobre a vida. “Ao avaliar a felicidade não estamos afirmando que o objetivo da sociedade é maximizar esse sentimento. Pode ser também que precisamos ter algum grau persistente de azedume nas culturas para poder florescer”, provocam os autores.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Estadão