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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ação judicial questiona corte de áreas na floresta amazônica.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, propôs na quinta-feira (9) uma ação direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal contra uma medida provisória que reduz sete áreas protegidas na Amazônia para fazer hidrelétricas.
A MP 558, editada em janeiro pela presidente Dilma Rousseff, visa cortar as unidades de conservação –entre elas o parque nacional da Amazônia, o mais antigo da região– para abrigar, entre outras hidrelétricas, a de São Luiz do Tapajós, no Pará.

A maior floresta do planeta sofre com o desmatamento que reduz a água doce.Fonte: Amazonia

São Luiz alagará 15 mil hectares do parque nacional da Amazônia, 393 hectares da floresta nacional de Itaituba, 1,21 mil hectares da floresta nacional de Itaituba 2 e 15 mil hectares da área de proteção do Tapajós. A área total equivale a quase um terço da cidade de São Paulo.

Também esbarram em áreas protegidas as usinas de Jatobá, no rio Jamanxim, de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, e a planejada usina de Tabajara, no rio Machado.

Para evitar a sobreposição, o governo resolveu cortar a área dos parques.

Na ação, Gurgel afirma que as unidades alvejadas pelo Planalto têm “extrema relevância” para a preservação da Amazônia e que alterações nos limites de unidades de conservação só podem ser feitas por lei, não por MP.

O procurador já havia movido uma ação contra uma MP anterior, a 542, de 2011, que reduzia três áreas protegidas na Amazônia.

Ela expirou sem ser apreciada pelo Congresso e foi ressuscitada na MP de janeiro, que inclui mais quatro áreas.

Quando a MP 542 foi editada, o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, defendeu-a. “A presidente [Dilma] entende que para o país é uma coisa urgente.”

Gurgel diz na ação que não há urgência, já que Tabajara é só uma ideia e que São Luiz e Jatobá nem tiveram o licenciamento ambiental iniciado.

Até amanhã, amig@s!

Procurado pela Folha, Mello disse que a AGU (Advocacia-Geral da União) faria a defesa do projeto.

Autor: Claudio Angelo

Fonte: Folha.com

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