O estudo, realizado pelo Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha e pela Universidade de Reading, descobriu que a radiação solar vai cair até 2100, mas isso iria apenas produzir uma queda de 0,08 º C na temperatura global.
Cientistas têm alertado que condições climáticas mais extremas devem ocorrer com mais freqüência em todo o planeta conforme o clima da Terra aumenta.
Atividades solares mais fracas nos próximos 90 anos não devem ter impactos significativos no atraso do aumento da temperatura global causada por gases do efeito estufa, segundo um relatório divulgado na segunda-feira (23).
O estudo, realizado pelo Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha e pela Universidade de Reading, descobriu que a radiação solar vai cair até 2100, mas isso iria apenas produzir uma queda de 0,08 º C na temperatura global.
Cientistas têm alertado que condições climáticas mais extremas devem ocorrer com mais freqüência em todo o planeta conforme o clima da Terra aumenta.
As estimativas são de que o mundo deve aquecer mais de 2 º C esse século devido ao crescimento das emissões de gases do efeito estufa.
Os compromissos globais existentes atualmente para cortar o dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa são vistos como insuficientes para impedir o aquecimento do planeta além de 2º C, um limiar que deve provocar um clima instável com freqüentes condições meteorológicas extremas, segundo cientistas.
“Essa pesquisa mostra que as mudanças mais prováveis na atividade solar não terão um grande impacto nas temperaturas globais, nem farão muito para reduzir o aquecimento provocado por gases estufa que nós esperamos”, disse Gareth Jones, cientista que detecta mudanças climáticas no Escritório Meteorológico.
“É importante notar que este estudo está baseado em um modelo climático único, em vez de modelos múltiplos que pudessem captar mais incertezas do sistema climático”, ele adicionou.
Durante o século 20, a atividade solar aumentou para um nível máximo. Estudos recentes sugerem que esse nível já atingiu um fim ou está se aproximando dele.
Os pesquisadores usaram esse nível máximo como ponto de partida para projetar possíveis mudanças na atividade solar ao longo deste século.
O estudo também mostrou que, se a radiação solar cair além do patamar atingido entre 1645 e 1715 – chamado de mínimo de Maunder, quando a atividade solar atingiu valor o mínimo já observado – a temperatura global cairia 0,13 º C.
“O cenário mais provável é que vamos ver uma redução geral da atividade solar, em comparação com o século 20, que faça com que a radiação caia para os valores do mínimo Dalton (atingido em cerca de 1820)”, disse Mike Lockwood, especialista em estudos de energia solar na Universidade de Reading.
“A probabilidade da atividade cair aos níveis do Mínimo de Maunder – ou mesmo voltar para a alta atividade verificada no século 20 – é de cerca de 8%”.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: G1 Natureza
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