O Governo italiano afirmou nesta quarta-feira que já ocorreu “dano ambiental”, embora muito restrito ao fundo do mar da ilha de Giglio em consequência do naufrágio de sexta-feira (13) do transatlântico “Costa Concordia”, que contém em seu interior 2.380 toneladas de combustível.
À margem de seu comparecimento nesta quarta-feira no plenário da Câmara Baixa, o ministro de Meio Ambiente italiano, Corrado Clini, afirmou que existe o risco de um possível vazamento de combustível ao mar, que pode dispersar-se ao longo de toda a costa do Tirreno.
“Existe já um dano ambiental, muito contido, relativo aos fundos marítimos da ilha do Giglio”, afirmou Clini aos repórteres nos corredores da Câmara Baixa italiana.
Mais cedo, mergulhadores italianos suspenderam as buscas no navio depois que o casco mudou levemente de posição sobre a rocha em que está assentado, disseram autoridades.
O porta-voz da equipe dos bombeiros, Luca Cari, declarou que as buscas foram interrompidas após uma movimentação de alguns centímetros que representava um perigo para os mergulhadores que vasculham os espaços submersos do navio.
Cari não deu estimativas de quando o trabalho poderia ser retomado. Até o momento, 11 corpos já foram resgatados, mas ainda há desaparecidos.
Prisão domiciliar
Ontem (17), a Justiça italiana determinou que o capitão do navio, Francesco Schettino, fique em prisão domiciliar. A informação é do advogado do comandante, Bruno Leporatti.
A juíza da região de Grosseto, Valeria Montesarchio, anunciou a medida depois de submeter Schettino a um interrogatório, segundo o advogado.
O comandante Schettino, 52, estava preso desde sábado. A promotoria de Grosseto, que tinha solicitado a prisão preventiva do capitão, o acusa de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), abandono de navio e naufrágio, crimes que podem condená-lo a até 15 anos de prisão.
O acidente
O cruzeiro “Costa Concordia” colidiu contra as rochas em águas da ilha italiana de Giglio na sexta-feira (13) à noite.
A companhia proprietária da embarcação, Costa Cruzeiros, admitiu que houve “erro humano” e que o capitão, Francesco Schettino, não respeitou o regulamento, aproximando-se até 150 metros da costa.
Schettino é acusado de homicídio culposo múltiplo (sem intenção de matar), naufrágio e abandono do navio, crimes pelos quais pode ser condenado a até 15 anos de prisão.
O capitão do cruzeiro admitiu ontem (17) diante da juíza de instrução Valeria Montesarchio que estava no comando da embarcação no momento em que o barco colidiu.
(Com Efe e Reuters)
Fonte: Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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