Um levantamento que será realizado ao longo de 2012 por biólogos nas cidades de Manacapuru e Beruri, ambas no Amazonas, vai detectar os efeitos da pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), peixe também conhecido como douradinha, sobre a população dos botos-vermelhos (Inia geoffrensis), também conhecidos como botos-cor-de-rosa.
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Menor radiação solar não vai atrasar aquecimento global, diz estudo.
O estudo, realizado pelo Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha e pela Universidade de Reading, descobriu que a radiação solar vai cair até 2100, mas isso iria apenas produzir uma queda de 0,08 º C na temperatura global.
Cientistas têm alertado que condições climáticas mais extremas devem ocorrer com mais freqüência em todo o planeta conforme o clima da Terra aumenta.
Atividades solares mais fracas nos próximos 90 anos não devem ter impactos significativos no atraso do aumento da temperatura global causada por gases do efeito estufa, segundo um relatório divulgado na segunda-feira (23).
O estudo, realizado pelo Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha e pela Universidade de Reading, descobriu que a radiação solar vai cair até 2100, mas isso iria apenas produzir uma queda de 0,08 º C na temperatura global.
Cientistas têm alertado que condições climáticas mais extremas devem ocorrer com mais freqüência em todo o planeta conforme o clima da Terra aumenta.
As estimativas são de que o mundo deve aquecer mais de 2 º C esse século devido ao crescimento das emissões de gases do efeito estufa.
Os compromissos globais existentes atualmente para cortar o dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa são vistos como insuficientes para impedir o aquecimento do planeta além de 2º C, um limiar que deve provocar um clima instável com freqüentes condições meteorológicas extremas, segundo cientistas.
“Essa pesquisa mostra que as mudanças mais prováveis na atividade solar não terão um grande impacto nas temperaturas globais, nem farão muito para reduzir o aquecimento provocado por gases estufa que nós esperamos”, disse Gareth Jones, cientista que detecta mudanças climáticas no Escritório Meteorológico.
“É importante notar que este estudo está baseado em um modelo climático único, em vez de modelos múltiplos que pudessem captar mais incertezas do sistema climático”, ele adicionou.
Durante o século 20, a atividade solar aumentou para um nível máximo. Estudos recentes sugerem que esse nível já atingiu um fim ou está se aproximando dele.
Os pesquisadores usaram esse nível máximo como ponto de partida para projetar possíveis mudanças na atividade solar ao longo deste século.
O estudo também mostrou que, se a radiação solar cair além do patamar atingido entre 1645 e 1715 – chamado de mínimo de Maunder, quando a atividade solar atingiu valor o mínimo já observado – a temperatura global cairia 0,13 º C.
“O cenário mais provável é que vamos ver uma redução geral da atividade solar, em comparação com o século 20, que faça com que a radiação caia para os valores do mínimo Dalton (atingido em cerca de 1820)”, disse Mike Lockwood, especialista em estudos de energia solar na Universidade de Reading.
“A probabilidade da atividade cair aos níveis do Mínimo de Maunder – ou mesmo voltar para a alta atividade verificada no século 20 – é de cerca de 8%”.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: G1 Natureza
Construtora assegura que água do Rio Xingu usada por índios não foi poluída pela obra de Belo Monte.
No dia 17, um grupo de índios da etnia Arara, que habita uma área próxima da usina, denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) no Pará que a água do rio ficou barrenta e com sedimentos por causa das obras da ensecadeira, um desvio do rio para secar uma área do leito original de forma a permitir a entrada de máquinas. Segundo os índios, a comunidade não tem poços e usa a água do Xingu para beber e cozinhar.
O Consórcio Norte Energia, responsável pela obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), informou hoje (24) que a qualidade da água não foi prejudicada pela construção de uma ensecadeira na margem esquerda do rio.
No dia 17, um grupo de índios da etnia Arara, que habita uma área próxima da usina, denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) no Pará que a água do rio ficou barrenta e com sedimentos por causa das obras da ensecadeira, um desvio do rio para secar uma área do leito original de forma a permitir a entrada de máquinas. Segundo os índios, a comunidade não tem poços e usa a água do Xingu para beber e cozinhar.
Em nota, a empresa informou que foram coletadas amostras em sete pontos diferentes do rio, em um percurso de 30 quilômetros a jusante (rio abaixo) do canteiro de obras da ensecadeira e onde será instalada a casa de força complementar da usina. Uma das coletas foi feita, justamente, na região da Aldeia Arara.
Foram analisadas a alcalinidade e a acidez da água, quantidade de oxigênio, transparência, presença de sedimentos e temperatura. De acordo com o consórcio, os resultados preliminares apontam indicadores normais e estáveis. “Portanto, não houve alteração na qualidade da água ao longo do rio por conta das obras de Belo Monte”, diz nota da Norte Energia.
As análises foram feitas pelo Instituto Internacional de Ecologia, contratado em outubro de 2011 pelo consórcio para monitorar a qualidade da água durante a construção de Belo Monte. O relatório final sai na primeira semana de fevereiro e será entregue às autoridades. A Norte Energia informou não ter recebido, até o momento, nenhuma reclamação do MPF.
Até amanhã,amig@s!
Fonte: Agência Brasil
Primeiro dia de debates no Fórum Social Temático 2012 prioriza temas ambientais como Rio+20 e Código Florestal.
O primeiro dia de debates promovidos pelo Fórum Social Temático (FST) 2012 deverá ser tomado por discussões sobre a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho no Rio de Janeiro.
Entre as mesas previstas estão Rumo à Rio+20 dos Povos – Crise Capitalista e Economia Verde e Rumo à Rio+20 dos Povos: Um Novo Período Histórico, ambas agendadas para às 9h.
Outro destaque é a mesa Construindo Cidades Sustentáveis, marcada para as 16h, com a participação de nomes como Boaventura de Souza Santos, Frei Betto, Jorge Abrahão, Leonardo Boff, Marina Silva e Oded Grajew .
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também cumpre agenda hoje (25) na capital gaúcha. Além da Rio+20, ela deve tratar, durante o fórum, de temas que incluem o novo Código Florestal e cidades sustentáveis. Às 11h, Izabella participa do 2º Encontro Brasileiro de Secretários de Meio Ambiente.
Organizada por ativistas e organizações da sociedade civil, a edição temática deste ano do FST pretende ser uma prévia da Cúpula dos Povos, encontro de movimentos sociais paralelo à Rio+20. A expectativa é que mais de 30 mil pessoas participem das atividades, programadas para Porto Alegre e região metropolitana, nas cidades de Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo.
Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Agência Brasil
Brasil conhece pouco sobre espécies nativas de liquens, diz cientista.
O conhecimento do Brasil sobre suas próprias espécies de liquens ainda é pequeno, segundo a análise de uma pesquisadora da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp), que já identificou mais de 20 liquens diferentes só no estado de São Paulo.
Imagem meramente ilustrativa
Liquens ocorrem como resultado da parceria entre fungos com algas verdes ou cianobactérias. Este tipo de “vida a dois” se chama simbiose e significa que ambos (o fungo e a alga) precisam permanecer juntos e morrem quando separados. A união traz benefícios à vida de pelo menos um dos parceiros envolvidos.
Para a cientista Patrícia Jungbluth, pós-graduanda no Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da universidade, o número de especialistas sobre liquens no país não é grande. “Não deve passar de uma dezena e parte dessas pessoas são pós-graduandas como eu”, diz a pesquisadora, que chegou a divulgar a existência de cinco novos liquens somente em 2011.
Até o final de 2012, ela deve concluir a análise de outra espécie. “Nós acabamos descobrindo muito mais do que publicamos”, conta Patrícia. “Até no quintal da chácara dos meus pais eu encontrei duas espécies novas”, afirma a especialista, que acredita que sejam conhecidas pouco mais de metade dos liquens existentes no Brasil.
Mesmo com a fartura de espécies no país, o campo pouco atrai os recém-graduados em biologia. “Os estudantes de hoje se interessam mais por outras áreas, muitos saem da graduação sem sequer terem ouvido falar de líquens”, diz Patrícia.
Já Patrícia levou seu gosto por esses seres vivos durante toda a sua formação. Como tese de doutoramento em 2011, ela divulgou a existência de uma espécie de líquen nomeada Pyxine jolyana, que produz uma substância que pode ser capaz de afastar animais herbívoros e fungos. O líquen foi detectado em três municípios paulistas: Peruíbe, Ubatuba e São Luís do Paraitinga.
Uso comercial
Conhecer as espécies e classificá-las faz parte do trabalho da taxonomista. “Essa é a base para as pesquisas posteriores. Ao saber quais são os liquens, eu posso realizar estudos para ver, por exemplo, se os líquens podem fornecer substâncias úteis à farmacologia”, diz.
Conhecer as espécies e classificá-las faz parte do trabalho da taxonomista. “Essa é a base para as pesquisas posteriores. Ao saber quais são os liquens, eu posso realizar estudos para ver, por exemplo, se os líquens podem fornecer substâncias úteis à farmacologia”, diz.
Algumas espécies alcançam apenas 1 centímetro durante toda a vida, enquanto outras como as barbas-de-bode podem chegar a 2 metros no Brasil. Mas em todos os casos, esse crescimento é lento, apenas milímetros durante um ano.
Na Europa e nos Estados Unidos, substâncias contra o câncer, fungos e bactérias são extraídas dos liquens. “Esses países são zonas temperadas, com menor diversidade. Aqui no Brasil esse potencial deve ser muito maior”, acredita a pesquisadora, que confessa que os estudos com líquens requerem paciência para trazer resultados. “As pessoas são muito imediatistas, trabalhar com líquen não vai render dinheiro a princípio.”
Liquens podem ser usados como indicadores para a qualidade do ar. “Quando um ambiente está desequilibrado, pode haver uma interferência na simbiose e o líquen pode morrer”, diz Patrícia. Este tipo de dano pode ser causado pela presença de metais pesados no ar e nas águas das chuvas, que podem ser absorvidos pelos liquens.
Ameaça
Outro emprego dos líquens está na indústria de perfumes, que utiliza substâncias dos seres vivos simbióticos para fixar as essências, mas pode chegar a explorá-los sem controle. Segundo Patrícia, não existe um padrão para o aproveitamento dessas espécies.
Outro emprego dos líquens está na indústria de perfumes, que utiliza substâncias dos seres vivos simbióticos para fixar as essências, mas pode chegar a explorá-los sem controle. Segundo Patrícia, não existe um padrão para o aproveitamento dessas espécies.
“Como poucas pessoas pesquisam sobre os liquens, não existem regras para protegê-los”, afirma. “O ideal seria que a indústria tentasse fazer a substância fixadora em laboratório, sem a extração indiscriminada das espécies.”
O desmatamento também ameaça os liquens e pode fazer com que espécies inteiras desapareçam sem que os pesquisadores cheguem a identificá-las. “Elas somem antes que a gente possa saber se um dia podem ser úteis ao ser humano”, diz a cientista.
Atá amanhã, amig@s!
Fonte: G1 Natureza
Operação na Baía de Guanabara apreende embarcação com irregularidades.
Uma operação da Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão vinculado à Secretaria do Ambiente do Rio, apreendeu hoje (25) uma embarcação do tipo traineira na Baía de Guanabara, nas imediações de Niterói, região metropolitana da capital.
A embarcação apresentava várias irregularidades, entre elas equipamentos de segurança para navegação com defeito e condutor sem habilitação, além de trafegar a menos de 200 metros da costa, o que é proibido por lei. Desde o início deste verão, a Capitania dos Portos do Rio faz blitz em diversos pontos do litoral do estado para flagrar irregularidades como essas.
A ação começou às 7h da manhã e tinha como objetivo reprimir a pesca da sardinha no período de defeso [reprodução], que vai de 1º de novembro a 15 de fevereiro. Segundo o coordenador da Cicca, coronel José Padroni, na embarcação apreendida foram encontrados cerca de 15 quilos de tainha e corvina, peixes que estão com a pesca liberada nesse período. “A operação foi desenvolvida depois que a Secretaria estadual do Ambiente recebeu diversas denúncias de que pescadores não estariam respeitando a época de reprodução”, disse Padroni.
Participaram também da operação agentes da Capitania dos Portos, do Batalhão Florestal e do Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM), ambos da Polícia Militar. De acordo com a Secretaria do Ambiente, nos próximos dias outras ações de repressão à pesca predatória serão feitas na Baía de Guanabara, desta vez voltadas para a capital fluminense.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Agência Brasil
A partir desta 4ª, supermercados de SP não fornecerão sacolas de plástico.
Pelo menos 80% dos supermercados do Estado de São Paulo deixarão de fornecer sacolas plásticas para seus clientes a partir desta quarta, 25. Caixas de papelão serão oferecidas pelas redes e podem ser solicitadas pelos consumidores. Além disso, também poderão ser adquiridas sacolas biodegradáveis compostáveis feitas de amido de milho e sacolas reutilizáveis. Ambas serão vendidas a preço de custo, por cerca de R$ 0,20.
A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo. Preferiu-se este caminho à adoção de uma lei. “Optamos pelo diálogo com o setor”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. “O acordo é voluntário por parte das redes.” Ele recorda que algumas cidades, como Jundiaí, chegaram a aprovar legislações para proibir as sacolas, mas foram julgadas inconstitucionais. No caso de Jundiaí, a prefeitura assinou depois um acordo com os supermercados locais e obteve o resultado que não alcançara com a lei.
Para ambientalistas e gestores públicos, a medida tem um importante valor simbólico. Apesar de as sacolas só representarem uma pequena parcela do volume total de lixo descartado, têm o mérito de trazer para o cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade, aponta Fernanda Daltro, gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente. “As pessoas aprenderão a separar o lixo seco do úmido, que é o que realmente precisa da sacola plástica para não fazer sujeira.”
Outro lado. “Essa lei foi aprovada por interesse econômico (dos supermercados) e não ambiental ou social”, critica Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa institucionalmente o setor dos plásticos. Ele estima em R$ 500 milhões a economia das redes com a restrição. “Vão repassar essa economia para os clientes? Duvido.”
Ligia Korkes, gerente de Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar – dono da rede homônima e do Extra -, afirma que o dinheiro obtido com a economia das sacolas plásticas e a venda das sacolas retornáveis será revertido para ações de sustentabilidade do grupo.
Histórico. Em 15 de dezembro de 2011, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou o protocolo de intenções com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), que prevê o fim da distribuição de sacolas plásticas em supermercados da capital a partir de 25 de janeiro de 2012. A proposta faz parte da Campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, iniciada em 2010 na cidade de Jundiaí, com a proposta de estimular a substituição no comércio local de sacolas descartáveis por reutilizáveis.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: O Estadão
América Central quer combater o comércio de barbatanas de tubarão.
Países que integram a Organização de Pesca e Aquicultura da América Central (Ospesca) divulgaram nesta segunda-feira (23) que tomarão medidas para combater a pesca de tubarões e a retirada das barbatanas, com a finalidade de proteger as espécies e evitar o comércio ilegal.
Ações preventivas serão realizadas nos 5.750 km de costa, que compreende o Mar do Caribe e o Oceano Pacífico, indicou a instituição da qual fazem parte países como Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Panamá e República Dominicana.
Segundo Mario Gonzalez, diretor da Ospesca, a primeira atitude para coibir a prática foi a proibição do corte da barbatana. Na última semana, Colômbia e Costa Rica concordaram em perseguir e punir aqueles que praticam este método. Ele explicou ainda que o foco será proteger a espécie da prática ilegal. O quilo da barbatana chega a custar U$ 200 no mercado internacional.
Até amanhã,amig@s!
Fonte: G1 Natureza
Elefante de Sumatra pode ser extinto em menos de 30 anos, diz WWF.
O elefante de Sumatra, uma das ilhas que formam a Indonésia, desaparecerá “em menos de 30 anos” se ninguém impedir a destruição de seu habitat natural, advertiu nesta terça-feira (24) a organização de proteção do meio-ambiente WWF.
“Restam apenas de 2.400 a 2.800 elefantes de Sumatra em estado selvagem, o que representa uma queda da população de 50% em relação a 1985″, indicou um comunicado do WWF.
“Os cientistas acreditam que, se a tendência atual prosseguir, os elefantes de Sumatra desaparecerão em estado selvagem em menos de 30 anos”, acrescenta a organização mundial.
O animal está protegido por uma lei indonésia, mas é vítima da destruição acelerada de seu habitat natural: a selva da ilha de Sumatra, no noroeste do arquipélago indonésio, está cada vez mais limpa para abrir espaço às plantações de palmas ou para áreas agrícolas.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: G1 Natureza
Pássaros em extinção são apreendidos em Cariacica, ES.
Mais de 40 pássaros silvestres e armadilhas para capturar animais foram apreendidos nesta segunda-feira (23) pela Policia Militar Ambiental, em Cariacica, município da Grande Vitória. Entre as aves, algumas estão em extinção, como o papagaio chauá. Outras têm alto valor no mercado, como o trinca ferro. Segundo afirmou a polícia, os pássaros foram capturadas para serem vendidos no comércio ilegal
“Foi verificado várias aves em péssimo estado e sem nenhuma documentação. Esse tipo de crime é mais comum no interior do estado, porém agora está se tornando frequente na Grande Vitória. Os pássaros são capturados para serem comercializados. Isso começa como um hobby e acaba se tornando um vício simplesmente para ver a ave presa dentro de uma gaiola”, explicou o cabo Peroni.
Na operação, que foi realizada nos bairros Itacibá, Rio Marinho e Santa Fé, ninguém foi preso. Entretanto, cinco pessoas foram notificadas por crime ambiental e podem ser multadas.
Segundo os policiais, o valor da multa pode chegar a R$ 5 mil por ave. Os pássaros apreendidos serão levados para o projeto “Cereias”, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A Polícia Ambiental chegou até as aves por meio de denúncias.
Fonte: G1 Natureza
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Decretado estado de catástrofe natural na zona do naufrágio do Costa Concordia.
O Conselho de Ministros italiano decidiu hoje (20) decretar o estado de catástrofe natural na zona afetada pelo naufrágio do navio Costa Concórdia, no dia 13, na costa da Toscana, na Itália.
A decisão foi confirmada pelo ministro das Relações com o Parlamento, Piero Giarda, à saída do Conselho de Ministros.
Naufragio do costa concordia.Fonte: Globo
A medida “implica que todas as operações ligadas ao acidente são de interesse nacional e requerem a participação das instituições nacionais, do governo e da região”, explicou o ministro do Ambiente, Corrado Clini.
“O nível de recursos necessários será definido a partir do plano que iremos adotar”, disse Clini.
O naufrágio do Costa Concordia, que tinha a bordo mais de 4.000 pessoas quando se chocou em rochas junto à ilha de Gigli, na região da Toscana, fez pelo menos 11 mortos. Cerca de duas dezenas de pessoas continuam desaparecidas.
As autoridades italianas temem um desastre ecológico caso comecem a sair para o mar as 2.380 toneladas de combustível, que ainda permanecem nos reservatórios do navio, que se encontra parcialmente submerso e virado.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Agência Brasil
AIE alerta para aumento das emissões devido ao abandono da energia nuclear.
Desde o desastre na usina de Fukushima, no Japão, diversos países cancelaram ou diminuíram seus investimentos em energia nuclear, um movimento que a Agência Internacional de Energia (AIE) teme que possa resultar no aumento de 6,2% das emissões de gases do efeito estufa até 2035.
Energia nuclear- Energia existente no núcleo do átomo, que mantém juntos protons e nêutrons, e que pode ser liberada por meio de uma reação de fissão ou fusão nuclear.Fonte: Lulik.
“Qualquer expansão do uso das fontes limpas corre o risco de ser pequeno demais para compensar a maior utilização do carvão para gerar eletricidade, ainda mais porque o mundo caminha para um período de crise econômica que pode resultar na queda nos investimentos”, alertou Faith Birol, economista chefe da AIE, durante uma coletiva na Conferência Mundial de Energia do Futuro (WFES).
Segundo Birol, a intenção de substituir a energia nuclear por fontes renováveis é ambiciosa, mas não funcionará se os países continuarem a subsidiar os combustíveis fósseis da forma que fazem atualmente.
“São mais de US$ 409 bilhões em subsídios anuais que ajudam a tornar o carvão e o petróleo opções muito mais atraentes em tempos de crise do que qualquer fonte limpa”, explicou.
Birol também criticou quem afirma que os subsídios garantem o acesso das pessoas mais pobres à eletricidade.
“Apenas 8% dos subsídios são destinados para os 20% mais pobres do planeta. Uma reforma nas políticas públicas de energia podem enxugar os subsídios e ainda assim melhorar a condição de vida de milhões de pessoas.”
A Alemanha afirmou que abandonará a energia nuclear em 2022, já o Japão, França e China diminuíram consideravelmente seus planos para novas usinas.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Instituto Carbono Brasil
Florestas tropicais precisam de financiamento massivo, mas REDD deve ser bem elaborado para ter sucesso.
O mecanismo proposto para reduzir as emissões de gases do efeito estufa protegendo as florestas tropicais evoluiu consideravelmente desde que começou a ganhar força durante as negociações climáticas de 2005 em Montreal. Conhecido na época como “desmatamento evitado”, o conceito era simples: pagar países com florestas tropicais para manterem suas árvores em pé.
Proteger a floresta é um dever sagrado de todos nós. Fonte: Viva Terra
Desde então, o conceito foi ampliado para abranger atividades além da conservação florestal, incluindo reduzir a extração madeireira e os incêndios, proteger turfeiras densas em carbono, encorajar melhores práticas de manejo florestal nas concessões de florestas existentes e promover o reflorestamento e florestamento.
Algumas dessas mudanças surgiram a pedido dos próprios países tropicais, que temiam que o “desmatamento evitado” pudesse ser restritivo demais e não conseguisse abordar fontes chave de emissões de carbono, incluindo a degradação de florestas e turfeiras.
Mas à medida que a ideia simples se tornava mais complexa – o desmatamento evitado se tornou RED (Redução de Emissões por Desmatamento), depois REDD (acrescentando Degradação), depois REDD+ (acrescentando conservação, manejo sustentável de florestas e melhoria de estoques de carbono florestal) e ainda REDD++ – ela levantou preocupações entre alguns ambientalistas e cientistas de que um mecanismo de REDD mal projetado poderia ter resultados perversos, não conseguindo nem proteger florestas nem reduzir emissões, e potencialmente colocando a biodiversidade, os direitos à terra tradicionais e o modo de vida local em risco.
Por isso, o REDD tem sido um dos tópicos mais debatidos em negociações climáticas internacionais nos últimos anos. As apostas são altas: uma vez que o desmatamento e a degradação de florestas e turfeiras somam mais de 10% das emissões globais de CO2, o financiamento de carbono poderia desbloquear dezenas de bilhões de dólares por ano para uma série de programas florestais, potencialmente gerando benefícios muito além da mitigação das mudanças climáticas.
Uma voz proeminente na discussão acerca de REDD desde a sua origem é o grupo ativista ambiental Greenpeace, que lançou diversos relatórios alertando para os perigos de um mecanismo de REDD projetado inadequadamente, incluindo incentivos para minar o desenvolvimento de energias limpas reduzindo o preço dos créditos de carbono e potencialmente subsidiando as atividades industriais em florestas, incluindo as plantações em florestas e extração madeireira.
Recentemente, o Mongabay se encontrou com Roman Czebiniak, assessor político do Greenpeace Internacional para Mudanças Climáticas e Florestas, para uma atualização a respeito da posição política da organização sobre REDD, bem como sobre os recentes desenvolvimentos na arena política do carbono florestal.
ENTREVISTA COM ROMAN CZEBINIAK, DO GREENPEACE
Mongabay.com: O Greenpeace vê algum desenvolvimento positivo decorrente do texto de REDD de Durban?
Roman Czebiniak: Não. Em vez de fornecer orientação e segurança necessárias para a sociedade civil, doadores e investidores sobre como melhor atender o objetivo do Acordo de Cancún na Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) de “desacelerar, deter e reverter” o desmatamento de uma forma socialmente responsável, as decisões adotadas em Durban aumentaram os riscos ambientais e sociais associados com o objetivo de Cancún sobre REDD.
Em vez de proteger os direitos das pessoas responsáveis por conservar as florestas, as decisões de Durban abriram a porta para companhias irresponsáveis que lucram com a destruição florestal. Um ano inteiro de negociações foi desperdiçado.
M: Até que ponto o Greenpeace espera que o REDD seja dependente da primeira derrubada de florestas primárias?
RC: O Greenpeace espera que o REDD tenha um papel na redução e, em última análise, na interrupção da primeira derrubada em florestas primárias intactas. A primeira derrubada frequentemente leva a uma liberação massiva de carbono, abre a floresta para outros depredadores (como a expansão do agronegócio) e enfraquece a natureza adaptativa das florestas intactas.
O REDD foi criado para fornecer um incentivo onde atualmente não existe um: deixar as árvores em pé. Usar os fundos de REDD para incentivar a expansão de atividades destrutivas para as florestas como a extração industrial da madeira (o que já é economicamente viável) seria perverso.
Muitos países com florestas tropicais estão entre aqueles altamente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Proteger as florestas naturais é uma das melhores formas de mitigar as mudanças climáticas, mas também ajuda os ecossistemas e as pessoas a se adaptarem às alterações no clima. O REDD deve fornecer incentivos simples e eficientes para que os países mantenham suas florestas naturais intactas e livres da exploração industrial.
M: O Greenpeace está preocupado com a possibilidade de o REDD subsidiar a degradação das florestas?
RC: Sim. Inicialmente o REDD tinha apoio significativo já que era visto como um esforço para proteger os poucos remanescentes florestais que deixamos neste planeta. Um item que foi tão danoso em Durban é que quase oito anos de construção de um consenso sobre a fundamentação do REDD em dados históricos, ou o que chamo de realidade, ao invés de projeções infladas, quase desapareceram.
Ao invés de um esquema simples e transparente que incentivava os países com altas taxas de desmatamento a reduzi-las, e aqueles com baixas taxas históricas de desmatamento a proteger suas florestas aos níveis históricos, a porta foi aberta para que os países possam alegar reduções através de especulação e não de fatos.
Os países agora podem dizer que o REDD reduzirá as emissões que ainda não ocorreram e que podem nunca se materializar, não importando as intervenções feitas pelas políticas de REDD. Isto pode levar a situações onde o REDD não apenas fracassa na redução do desmatamento e degradação, mas onde os recursos na realidade estão sendo usados para subsidiar a continuidade da destruição das florestas pelo setor madeireiro e agroindústria.
M: Como o Greenpeace enxerga a questão das atividades de REDD em nível nacional e subnacional?
RC: Para o Greenpeace, a combinação do sucesso do REDD parece clara: reduções de abrangência nacional no desmatamento e degradação combinados com salvaguardas fortes para a biodiversidade, direitos dos povos indígenas e comunidades locais. Testemunhei a escala de destruição das florestas e simpatizo com aqueles que se empenham no financiamento das florestas, não importa sua fonte.
Porém, pesquisas de Stanford e outras demonstram que abordagens sub-nacionais podem fazer mais mal do que bem ao criar um desincentivo para ação nacional. Esta é uma das principais lições do MDL, que parece ter adiado ações na China sobre os HFCs, entre outros. Uma segunda lição é que precisamos esperar que os mercados ajam como fazem normalmente e entregar uma commodity ao menor preço possível. O MDL tem objetivo duplo, reduções de emissão e desenvolvimento sustentável… o seu fracasso em relação ao último parece uma lição presciente para as salvaguardas do REDD.
O acordo de Cancun limitou as atividades subnacionais de REDD a medidas “ínterim” e apenas submissos ao monitoramento de programas nacionais. Várias análises independentes de projetos de REDD subnacionais para compensação de emissões (incluindo um do Greenpeace) revelaram que são ineficientes devido aos problemas inerentes de vazamento (onde a causa do desmatamento meramente muda de uma parte do país para outra), falta de adicionalidade (onde dinheiro é fornecido para proteger uma área que seria conservada de qualquer forma) e impermanência (áreas que são subsequentemente destruídas devido a incêndios, infestações e até mesmo eventos climáticos).
No mínimo, tais programas de REDD não ofereceriam nenhum benefício ao clima. Se for para incluir os projetos subnacionais no mercado de carbono na forma de compensações, isto poderia piorar ainda mais a crise climática ao permitir que industrias continuem a poluir ao mesmo tempo que não fornecem reduções reais de emissão em troca. Algo para os californianos levarem em conta.
M: Qual é a posição do Greenpeace em relação às fontes de financiamento para o REDD?
RC: A organização tem pedido pelo estabelecimento de uma janela separada para as florestas sob o Fundo Verde do Clima (não um mercado de compensações), e até mesmo desenvolveu propostas específicas para o mecanismo de REDD. Também apoiamos uma ampla gama de novas fontes de financiamento genuinamente adicionais, como taxas e impostos, abordagens de mercado e híbridas e redirecionamento de subsídios.
Traduzido por Jéssica Lipinski e Fernanda Bittencourt Muller
Leia a íntegra da entrevista no Mongabay
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Instituto Carbono Brasil
Decisão do Canadá de abandonar Protocolo de Quioto pode parar na justiça.
Um grupo de estudantes e ambientalistas liderados pelo ex-deputado e professor de direito da Universidade de Montreal, Daniel Turb, entrou com uma ação na Corte Federal do Canadá alegando que seria inconstitucional o atual governo abandonar o Protocolo de Quioto, assinado em 1997.
O processo, se aceito pela Corte, será movido contra o governo canadense e os ministérios da Justiça, Meio Ambiente e Relações Exteriores.
Acordo segundo o qual os países industrializados devem reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5%.Fonte: Estadao
Segundo Turp, a Casa dos Comuns, o equivalente à Câmara dos Deputados brasileira, aprovou em 2007 a execução de ações sugeridas por Quioto na forma de uma lei federal.
“Como agora os deputados não foram consultados sobre o abandono do Protocolo? É uma obrigação constitucional passar pelo Parlamento qualquer decisão que vai contra as leis vigentes”, declarou Turp.
De acordo com o Protocolo de Quioto, o Canadá deveria cortar suas emissões em 6% até 2012 com relação ao nível de 1990. Mas na realidade as emissões canadenses estão 17% acima do que eram vinte anos atrás.
O governo justificou o abandono afirmando que para alcançar as metas teria que gastar US$ 13,6 bilhões e adotar medidas que prejudicariam a competitividade das indústrias do país.
Além disso, o primeiro-ministro Peter Kent afirmou, ainda durante a Conferência do Clima de Durban (COP17), em dezembro passado, que não faz sentido a continuidade do Protocolo de Quioto uma vez que não inclui os dois maiores emissores do planeta, Estados Unidos e China.
Para Turp, as reais razões para o abandono são ideológicas e, de qualquer forma, o Parlamento deveria ter sido ouvido.
“Acredito que temos um caso real aqui e espero que a Corte Federal decida que o governo não pode simplesmente ignorar o poder legislativo”, concluiu Turp.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Instituto Carbono Brasil
domingo, 22 de janeiro de 2012
Britânico descobre novo ‘planeta’ participando de programa de TV.
Um espectador do programa de TV da BBC Stargazing Live descobriu o que seria um novo planeta aproximadamente do tamanho de Netuno e que teria condições de temperatura e ambiente similares às de Mercúrio.
O astro orbita a estrela chamada SPH10066540 e seria cerca de quatro vezes maior que a Terra. Os pesquisadores ainda precisam se certificar de que trata realmente de um planeta.
O britânico Chris Holmes teria feito a descoberta ao atender a um pedido do programa para que seus espectadores utilizassem dados coletados pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, com informações relativas a possíveis novos planetas.
“Eu nunca tinha tido um telescópio. Tinha um interesse vago sobre onde as coisas se situam nos céus, mas não passava muito disso”, disse o astrônomo amador Chris Holmes.
Ele encontrou o novo planeta ao analisar imagens de estrelas no site Planethunters.org, uma colaboração entre a Universidade de Yale e o projeto científico realizado por amadores Zoouniverse.
Candidato a planeta
De acordo com o cientista Chris Lintott, da Universidade de Oxford e um dos organizadores do Planethunters, ainda será preciso realizar mais testes para se certificar plenamente de que a nova descoberta é de fato um planeta, mas ele acrescenta que tudo o leva a crer que sim.
De acordo com o cientista Chris Lintott, da Universidade de Oxford e um dos organizadores do Planethunters, ainda será preciso realizar mais testes para se certificar plenamente de que a nova descoberta é de fato um planeta, mas ele acrescenta que tudo o leva a crer que sim.
“Se comprovada, esta será a nossa quinta descoberta desde que o projeto teve início e primeira feita por um britânico”, afirma.
O telescópio Kepler, em atividade desde 2009, vem promovendo buscas em uma parte do espaço que muitos acreditam ser similar ao nosso sistema solar.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: G1
Amazônia está emitindo cada vez mais gás-estufa.
Amazônia é importante para absorver gás carbônico e ajudar a combater o aquecimento global? O estudo mais recente sobre essa questão, que atormenta cientistas há décadas, aponta que ainda há dúvidas sobre se a região é mesmo um “sorvedouro” de carbono. Mas o trabalho conclui que o desmatamento e o aquecimento global estão gradualmente levando a região a se tornar mais uma fonte dos gases de efeito estufa do que um ralo para absorvê-los.
A floresta cansada. Fonte: Folha
“Não sabemos de onde partimos, mas sabemos para onde estamos indo”, disse à Folha Eric Davidson, cientista do Centro de Pesquisas de Woods Hole (EUA), que coordenou o trabalho.
“A mudança talvez seja de um sorvedouro de carbono forte para um sorvedouro fraco ou de uma fonte pequena de carbono para uma um pouco maior, talvez até cruzando essa barreira. Ainda não temos como estimar o fluxo líquido de carbono para toda a bacia Amazônica.”
O estudo liderado por Davidson, publicado da edição da revista “Nature” nesta quinta-feira, foi um balanço dos quase 20 anos de pesquisas do LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia), o maior projeto de pesquisa em ecologia e geociências da região.
Mesmo sem uma resposta detalhada sobre essa questão estratégica, cientistas comemoram o fato de que os dados da iniciativa têm ajudado nas políticas de preservação da floresta.
“O LBA mostrou que em um período de forte estresse climático, como as secas de 2005 e 2010, a floresta se torna uma pequena fonte de carbono”, diz Paulo Artaxo, geofísico da USP, também autor do estudo.
“Isso é importante porque a Amazônia tem em sua biomassa um reservatório de carbono equivalente a quase dez anos da queima mundial de combustíveis fósseis. Qualquer alteração nesse regime é significativa do ponto de vista da mudança climática.”
Uma das conclusões que o LBA permitiu tirar é que, apesar de a Amazônia ser robusta o suficiente para suportar fatores individuais de estresse –secas, desmatamento e queimadas, entre outros–, a floresta pode não suportar todos ao mesmo tempo.
“Há sinais de uma transição para um regime dominado por perturbações”, dizem Artaxo, Davidson e outros autores do trabalho.
MONITORAMENTO
Segundo o pesquisador brasileiro, um dos problemas em responder a questões complexas sobre o comportamento da floresta diante da mudança climática é que, apesar de ser o maior projeto de pesquisa na região, o LBA não é grande o suficiente.
“Temos 13 torres de fluxo [instrumentos para estudos atmosféricos] hoje em 5,5 milhões de km2. Seria um engano achar que 13 pontos de medida seriam capazes de representar uma área continental do tamanho da Amazônia”, diz Artaxo.
“O país precisa ampliar esse sistema para monitorar não só a Amazônia, mas também outros biomas, como o cerrado e o Pantanal.”
Até amanhã, amig@s!
Fonte: Folha.com
Jiboia ‘sente’ parada cardíaca em coração de presa, diz estudo.
Um estudo feito por pesquisadores americanos afirma que as jiboias sabem exatamente o quanto precisam espremer suas presas para matá-las.
As cobras da espécie Boa constrictor conseguem perceber os batimentos cardíacos da vítima e só relaxam os seus próprios músculos depois que aqueles param, afirmam os pesquisadores.
Esta capacidade seria crucial para um predador que precisa equilibrar sua necessidade por comida com a energia que gasta para contrair seus músculos com a força e pelo tempo necessários para sufocar o animal.
O estudo coordenado pelo professor Scott Boback, do Dickinson College, na Pensilvânia, tinha como objetivo desvendar exatamente esse mecanismo.
“Coração falso”
Os cientistas usaram ratos de laboratório como presas – mas, em vez de usar roedores vivos, eles implantaram ‘simuladores de coração’ em ratos mortos.
Os cientistas usaram ratos de laboratório como presas – mas, em vez de usar roedores vivos, eles implantaram ‘simuladores de coração’ em ratos mortos.
Quando a jiboia atacava uma das presas já mortas, os pesquisadores conseguiam controlar o coração falso remotamente.
Eles também usaram sensores no corpo do rato para medir como a cobra ajustava sua força.
“Da primeira vez que fizemos o teste com uma cobra e um rato com simulador de coração, não consegui acreditar”, disse Boback à BBC.
“Ela estava se contorcendo e espremendo o rato numa aparente tentativa de matá-lo.”
Enquanto a equipe mantinha o coração falso batendo, ficou claro que a jiboia apertava os ratos “por mais tempo que qualquer cobra observada anteriormente espremendo uma presa – viva ou morta”.
Ratos mortos
A reação das cobras aos ratos sem simuladores de batimentos cardíacos foi completamente diferente. As jiboias “atacavam, se enrolavam, espremiam o rato e depois soltavam gradualmente”.
A reação das cobras aos ratos sem simuladores de batimentos cardíacos foi completamente diferente. As jiboias “atacavam, se enrolavam, espremiam o rato e depois soltavam gradualmente”.
“Houve uma diferença tão grande que eu sabia que estávamos descobrindo algo muito interessante”, disse Boback.
A equipe descreveu suas conclusões na revista científica Royal Society Journal Biology Letters.
“Durante a contração, a cobra consegue ‘sentir’ o batimento cardíaco da presa”, afirmaram os pesquisadores.
“Muitos veem as cobras como assassinas audaciosas, incapazes de funcionamentos complexos que reservamos a vertebrados ‘mais nobres’. Nossas descobertas contrariam isso.”
De acordo com os cientistas, a precisão do sentido de tato das cobras significa que os animais são “capazes de fazer coisas que não percebíamos antes”.
“Por exemplo, as cobras podem utilizar esse agudo sentido táctil para coordenar movimentos complexos associados à locomoção desprovida de membros”, disse Boback.
Fonte: G1
Queimadas ameaçam Mata do Ronca, em Paulista.
O avanço das queimadas ameaça Área de Preservação Permanente (APP) em Paulista, no Grande Recife. Ocupação irregular e construção de moradias, aos poucos, estão matando a vegetação da Mata do Ronca, na Mirueira. Localizado no limite entre Paulista e o Recife, na margem da BR-101, o espaço de 141 hectares é coberto por resquícios de mata atlântica. Por causa da falta de controle do poder público, o local está cheio de árvores destruídas pelo fogo e virou depósito de lixo. Os moradores da Mirueira denunciam que a prefeitura, responsável pela fiscalização, não coíbe os abusos.
As construções irregulares na Mata do Ronca estão prejudicando também um riacho que abastece parte das pequenas propriedades da Mirueira. Aos poucos, a mata ciliar perdeu o espaço e o curso-d’água teve volume prejudicado.
“A água do Riacho do Ronca é usada para irrigar as plantações e para uso pessoal. Há poucos anos, dava até para beber. Agora, temos medo, porque o gosto não é o mesmo. A água está sendo poluída pelos ocupantes da área de preservação e, durante o verão, o fluxo diminui bastante”, afirmou um morador de um sítio perto da Mata do Ronca que preferiu não ser identificado.
O grupo que luta pela defesa da área de preservação conta com moradores do sítio vizinho à mata desde os anos 80. Segundo eles, a Mata do Ronca é habitat de animais como tatus, raposas, bichos-preguiça, sabiás, bacuraus e curiós. “Hoje, além do risco para os animais e da vegetação queimada, temos que conviver até com restos de carros roubados”, declarou outro morador.
De acordo com o diretor de Meio Ambiente de Paulista, Gerson Vicente da Silva, o município está intensificando as ações de combate à devastação. “Na última semana, estivemos na Mata do Ronca e constatamos a existência das ocupações irregulares, da extração de madeira e das queimadas em grande parte da reserva. Temos uma audiência marcada no Ministério Público Federal, no dia 29 de fevereiro, com representantes da massa falida da Lundgren Irmãos Tecidos Industrial e Comércio S.A. – Casas Pernambucanas, responsável pelas terras.
Fonte: JC Online
Famílias realizam safáris na África e caçam girafas por diversão, diz jornal
Denúncia do jornal britânico “The Sun” mostra que turistas têm aproveitado viagens à África para caçar, de forma legal, girafas em reservas selvagens.
Segundo a reportagem, a maioria das pessoas levam para casa a cabeça dos animais como um troféu de sua aventura ou famílias que participaram da caçada tiram foto sorridentes ao lado com animal morto.
De acordo com especialistas, a maioria dos “caçadores” são da Grã-Bretanha, América do Norte, Alemanha, Rússia e Escandinávia. Os caçadores chegam a pagar até R$ 27,2 mil por expedições em busca do mamífero. Clubes de caça pedem até R$ 2,7 mil pela cabeça como troféu.
De acordo com a publicação, a população de girafas caiu de 140 mil para cerca de 80 mil em 24 anos, com risco de extinção da espécie em países como Angola, Mali e Nigéria. Entretanto, na África do Sul, Namíbia e Zimbábue a caça é legalizada. Mais imagens podem ser vistas aqui.
Fonte: G1
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Crânio de animal pré-histórico ‘russo’ é encontrado no Brasil.
O crânio de um ancestral dos mamíferos só encontrado antes em terras russas e africanas foi descoberto em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, anunciaram cientistas brasileiros nesta segunda-feira (16). O fóssil é o primeiro descoberto na região de um carnívoro terrestre que teria vivido na América do Sul durante a Era Paleozoica – entre 540 milhões e 250 milhões de anos atrás.
O crânio deste animal pré-histórico Russo é encontrado no brasil.Fonte:Revista Infinita
Os chamados “terápsidos” viveram há 260 milhões de anos e se alimentavam de pequenos herbívoros.
O crânio completo encontrado tem aproximadamente 32 centímetros de comprimento e foi visto pela primeira vez em dezembro de 2008 na região dos pampas, dentro de uma fazenda. Depois de três anos de análises, os cientistas conseguiram identificar a espécie do animal e a anunciaram nesta segunda.
Para os pesquisadores responsáveis pela descoberta, as comparações com os “parentes” russos e africanos permitem estimar que o carnívoro brasileiro tinha 3 metros de extensão, pesando mais do que um leão.
O nome científico do bicho (Pampaphoneus biccai) significa “matador dos pampas”, explica um dos autores da descoberta, o pesquisador Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
O animal pertence a um grupo particular de terápsidos conhecidos como “dinocefálios”. Este grupo de animais já extintos também recebeu um apelido ameaçador na tradução do latim: “cabeça terrível”.
A bravura está ligada aos ossos grossos dos dinocefálios, reforçados por rugas e cristais no crânio. “Essa característica era voltada para proteção. Algumas espécies usavam a cabeça para brigar, como fazem as cabras hoje em dia”, diz o pesquisador.
Mesmo bravos, a maior parte dos dinocefálios era herbívora. As poucas espécies carnívoras mediam até 6 metros e eram os maiores predadores terrestres na época em que P. biccai viveu.
“Carnívoros são raros. Até hoje, se você vê um documentário na África, vai ver um monte de zebra, mas poucos leões”, diz Cisneros. “Eles são limitados pelo volume de alimento disponível, há sempre menos carnívoros do que herbívoros.
Caça a fósseis
O achado foi divulgado na revista da Academia de Ciências Americana, a PNAS, nesta segunda. Cisneros já esperava encontrar fósseis no Rio Grande do Sul que fossem parecidos com os de outras partes do globo.
O achado foi divulgado na revista da Academia de Ciências Americana, a PNAS, nesta segunda. Cisneros já esperava encontrar fósseis no Rio Grande do Sul que fossem parecidos com os de outras partes do globo.
“A gente tinha uma suspeita de que esse animal pudesse existir no Brasil”, afirma.
Entre 2008 e 2009, a equipe de Cisneros visitou 50 localidades no país, procurando por sítios paleontológicos relevantes. Eles escolheram dez lugares, sendo que um deles rendeu a descoberta de outro animal pré-histórico, mas herbívoro: o Tiarajudens eccentricus, um terápsido com dentes no céu da boca (palato), cujo fóssil também foi achado em São Gabriel.
“Procurávamos sempre por lugares sem vegetação e, dependendo das cores observadas e da erosão no local, nós avaliamos as chances de encontrar fósseis ou não”, explica o especialista. “Essa área dos pampas gaúchos apresenta grande potencial, há rochas sedimentares ali, que cobrem os restos mortais dos seres vivos com areia e lama.”
Passeio pela Pangeia
Cisneros defende que o estudo é uma prova da grande mobilidade dos vertebrados terrestres por todos os cantos do supercontinente Pangeia, que unia, no passado, todos os continentes atuais.
O fóssil é muito parecido com as espécies encontradas atualmente na Rússia, no Cazaquistão, na China e na África do Sul. Com a versão brasileira deste tipo de animal, especialistas acreditavam que uma distribuição mais cosmopolita dos terápsidos pode ter ocorrido muito antes do que se imaginava.
Até então, os cientistas afirmavam que este tipo de interação teria ocorrido somente mais tarde, durante o período Triássico – entre cerca de 250 milhões e 200 milhões de anos atrás.
‘Pais’ dos mamíferos
Apesar de serem muito parecidos com répteis, os terápsidos se encontram mais próximos dos mamíferos na arvore genealógica dos animais pré-históricos. Isso os distancia também das comparações com os dinossauros.
Os mamíferos atuais possuem ossos dentro do ouvido que participam da audição, além de dentes mais complexos, cauda menor e uma postura mais ereta. No caso de P. biccai, a semelhança com répteis aparece somente quando se leva em conta a forma como os dentes se encaixavam: os de cima entre os debaixo, como ocorre em uma boca de jacaré.
Até amanhã, amig@s!
Fonte: G1
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