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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Região da África do Sul tem babuínos ‘fora de controle’, diz cientista


A antropóloga americana Shirley Strum, especializada em primatas, afirmou em carta publicada nesta terça-feira (24) num jornal sul-africano que os babuínos nas imediações da Cidade do Cabo estão “fora de controle” porque apoiadores dos direitos dos animais têm estragado os esforços para mantê-los sob controle.
Shirley Strum afirma que bandos de babuínos estão circulando livremente em algumas partes urbanas e distritos vizinhos da cidade. Alguns dormem nos telhados dos edifícios.
Em uma carta aberta ao jornal “The Cape Times”, Strum disse, depois de visitar a Península do Cabo, que ela acreditava que já pode ser tarde demais para a instalação de cercas ou outras medidas de controle, apesar de considerar que continuam a ser “a única opção agora, além de eliminar a maioria ou todos os babuínos. “
Strum, que também é professora da Universidade da Califórnia em San Diego, disse que os babuínos estão invadindo casas e restaurantes, usando seu típico “engenho e capacidade de adaptação”.
“Os babuínos deveriam ter sido impedidos de forma aversiva de chegar perto e se alimentar de comida humana, desde o começo, e consistentemente desde os primeiros sinais. Como alguém pode deixar um bando dormir no teto de um edifício de apartamentos? É uma piada agora haver monitores andando atrás deles batendo palmas”, critica a antropóloga.

Fonte: G1

Satélites registram degelo recorde na superfície da Groenlândia


A cobertura de gelo da superfície da Groenlândia derreteu este mês em uma área superior à detectada em mais de 30 anos de observações de satélite, informou a Nasa esta terça-feira (24).
Segundo medições de três satélites diferentes analisadas por cientistas acadêmicos e da agência espacial americana, calcula-se que 97% da cobertura de gelo derreteram em algum ponto em meados de julho.
“Isto foi tão extraordinário que a princípio questionei o resultado: seria real ou teria sido um erro nos dados?”, disse Son Nghiem, da Nasa.
O especialista lembrou ter notado que grande parte da superfície congelada da Groenlândia parecia ter derretido em 12 de julho, ao analisar dados do satélite Oceansat-2, da Organização de Pesquisas Espaciais Indiana.
Resultados de outros satélites confirmaram estas descobertas. Mapas do degelo demonstraram que em 8 de julho cerca de 40% da superfície congelada tinham derretido, uma área que aumentou para 97% quatro dias depois.
A notícia é divulgada dias depois de imagens de satélite da Nasa mostrarem que um enorme iceberg com o dobro do tamanho da ilha de Manhattan se soltou de uma geleira na Groenlândia.
Segundo a Nasa, no verão, cerca da metade da cobertura de gelo da Groenlândia derrete naturalmente. Normalmente, a maior parte desse gelo derretido volta a congelar rapidamente em altitudes mais elevadas, enquanto em áreas costeiras parte dele é retida pela cobertura de gelo, enquanto o resto vai para o oceano.
“Mas este ano, a extensão do derretimento na superfície ou perto dela aumentou dramaticamente”, informou a agência.
Cientistas ainda precisam determinar se o degelo, que coincidiu com uma pouco habitual onda de ar quente sobre a Groenlândia, contribuirá com a elevação no nível do mar. Até amanhã amig@s!
Fonte: G1

Fertilização dos oceanos pode auxiliar no combate ao aquecimento global, diz estudo


Durante cinco semanas, pesquisadores estudaram a Antártica e chegaram a conclusão que a fertilização dos oceanos pode ajudar a conter o aquecimento global. A análise foi descrita na revista Nature, durante a terceira semana de julho.

A fertilização, realizada no experimento, se deu em adicionar sulfato de ferro nos oceanos para favorecer a proliferação de fitoplâncton – organismos microscópicos, a exemplo das algas, que vivem próximos à superfície e servem de alimento para animais. A intenção do estudo é que esses seres capturem o gás carbônico (CO2) do fundo do mar – ação que pode vir a ser uma possibilidade de combater o aquecimento global.
O pesquisador Michael Steinke, da Universidade de Essex, no Reino Unido, explicou à AFP que o fitoplâncton faz fotossíntese em terra firme, assim como as plantas, armazenando e liberando CO2, o que ajudaria a manter a temperatura ambiente.
Pontos negativos
Contudo, a polêmica prática, que é proibida pela legislação internacional, mas liberada para fins científicos, pode trazer malefícios ao ecossistema marinho. Segundo os responsáveis pela pesquisa, houve uma proliferação de algas unicelulares (diatomáceas), que atingiu o pico um mês após o início da experiência, e causou o falecimento em massa da espécie.
A consequência foi uma massa viciosa, com o material fecal do zooplâncton (peixes, crustáceos e águas vivas), que rapidamente submergiu para o fundo do oceano. É possível encontrar fitoplânctons presos aos sedimentos no fundo do mar, após muitos anos.
Apesar da descoberta, Steinke acredita que a técnica não será utilizada em larga escala para amenizar as mudanças climáticas, pois encontrar o lugar adequado para esses trabalhos é difícil e tem alto custo.

 Até amanhã,amig@s!
Fonte: EcoD

Cada lixo em seu lugar


Há, ainda, uma categoria de resíduos que, embora possam ser reaproveitados, não devem ir para a reciclagem comum. A lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, recomenda que fabricantes, comerciantes e importadores de produtos como pilhas, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos recolham esses materiais para encaminhá-los à reciclagem ou dar a eles outra destinação adequada. Essa logística reversa, porém, ainda está em fase de estudos, e não há prazo para sua implantação. “A nova política de resíduos sólidos requer ações totalmente diferentes do sistema atual de descarte de lixo. É preciso, por exemplo, oferecer ao consumidor uma cadeia de coleta eficiente”, explica a ambientalista Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto Gea, de São Paulo. Veja, a seguir, como descartar sete tipos de lixo complicados.

MEDICAMENTOS
Por que requerem descarte especial:
 as substâncias químicas dos remédios podem contaminar o ambiente quando eles são jogados no lixo comum, na pia ou no vaso sanitário. “Além disso, o descarte inadequado de frascos contendo restos de medicamentos pode trazer risco à saúde de outras pessoas”, diz a bióloga Patricia Blauth, especialista em minimização de resíduos da consultoria Menos Lixo, de São Paulo
Onde descartar: há pontos de coleta em lojas das redes de drogarias Panvel (RS, SC e PR), Droga Raia (SP, RJ, MG, RS, SC e PR) e da rede Pão de Açúcar/Extra (SP)
RADIOGRAFIA
Por que requer descarte especial:
 chapas de raio X levam prata em sua composição, metal nobre que pode ser reutilizado na confecção de joias e certos utensílios. Jogar radiografias no lixo comum, portanto, é um tremendo desperdício. Mas, como o processo de recuperação da prata pode gerar resíduos tóxicos, as chapas também não devem ir para a reciclagem comum
Onde descartar:
 nos postos de coleta do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e do Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas. Clientes dos laboratórios Fleury e a+ Medicina Diagnóstica podem entregar chapas antigas em unidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Brasília
CARTUCHOS DE TINTA E TONER
Por que requerem descarte especial:
 não devem ser encaminhados para a reciclagem comum para evitar o manuseio incorreto. Quando lavados em água corrente, por exemplo, cartuchos e toners podem contaminar o sistema de abastecimento. A manipulação do material também traz risco à saúde. O conteúdo do toner, um pó extremamente fino, pode atingir os pulmões se inalado
Onde descartar:
 a HP recolhe cartuchos e toners, além de outros equipamentos da marca, mas é preciso juntar cinco cartuchos de toner ou dez de tinta para solicitar o recolhimento por meio do site da empresa. A Epson disponibiliza postos de coleta em algumas lojas revendedoras
LÂMPADA FLUORESCENTE
Por que requer descarte especial:
 o vapor de mercúrio do interior da lâmpada é tóxico e contamina o ar quando o vidro se rompe.
Fonte: Envolverde

Geocientistas acham reservatório natural de água limpa na Namíbia


Descoberto no subsolo do norte da Namíbia, fronteira com Angola, um aquífero de 2.800 km² poderá suprir essa região do país africano por 400 anos mesmo com as taxas de consumo atuais, informa a rede britânica BBC.

Batizado de Ohangwena 2, o novo reservatório natural possui águas com 10 mil anos que são tão limpas quanto as fontes atuais.
A alta pressão das águas vai facilitar e baratear a extração. Isso pode ter grande impacto no desenvolvimento do país -o mais seco da África ao sul do Saara- e no combate às mudanças do clima.

Até amanhã, amig@s! 
 
Fonte: Folha.com

As perdas da Amazônia Legal


Secretários de Meio Ambiente dos estados que compõem a Amazônia Legal estão reunidos em Palmas para debater, em fórum regional, a agenda de educação ambiental, entre outros pontos. Consta também da pauta do evento, que começou na quarta-feira e segue até sábado (21/07), a revisão da programação dos planos estaduais de controle do desmatamento e das queimadas.
O secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcanti, apresenta a importância regional e local de se internalizar a biodiversidade na contabilidade do Brasil e dos estados. Com base nas propostas do estudo global A Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), Cavalcanti destaca que a Amazônia Legal convive com dois problemas sérios: a perda expressiva de receita decorrente do comércio ilegal dos produtos da sua diversidade local e a perda de patrimônio genético. “São situações que depreciam os ativos ambientais, geram perda de mercado e não melhoram o índice de desenvolvime nto humano (IDH) local”, enumera.
Perda de ativos
Para Cavalcanti, a economia baseada nos ecossistemas e na biodiversidade, a partir dos dados do TEEB global captados desde 2007 nos países que integram o grupo dos oito países mais ricos do planeta, o G8, e nas cinco maiores economia em desenvolvimento, permite mensurar o valor das perdas e dos ativos ambientais. “Esta é uma agenda estratégica para o Ministério do Meio Ambiente, pois demonstra ser possível colocar os custos ambientais na contabilidade do país”, avalia.
O TEEB é coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e conta com o apoio financeiro da Comissão Europeia, do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha e do Departamento para Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido. De acordo com esse estudo, o pensamento econômico aplicado ao uso da biodiversidade e dos serviços ambientais pode ajudar a esclarecer por que a prosperidade e a redução da pobreza dependem da manutenção do fluxo de benefícios de ecossistemas; e por que a proteção ambiental bem sucedida precisa ter fundamentos econômicos sólidos, a partir do reconhecimento explícito dos custos e benefícios da conservação e do uso sustentável dos recursos naturais.

Até amanhã,amig@s!
Fonte: MMA

Alunos fazem bicicletas de bambu em centro educacional

Fazer com que cem alunos de 12 a 14 anos, que frequentam os 46 CEUs (Centro Educacional Unificado) de São Paulo, possam se deslocar à escola em comboios de bicicleta, acompanhados por monitores, até o fim de 2012, é uma das metas do projeto Escolas de Bicicletas. Detalhe: as bikes são feitas de bambu pelos próprios estudantes – um grupo de 12 jovens do CEU Jardim Paulistano, Zona Norte da capital paulista.

Segundo matéria do Estadão publicada na terça-feira, 17 de julho, com uma cola natural, feita ali mesmo, os jovens juntam os pedaços, formando quadros triangulares. Três horas de secagem e outras peças são acopladas. Rodas, câmbio, catracas, guidão e aí está: uma bicicleta novinha, para um dos 4,6 mil alunos da rede municipal ir e voltar da escola pedalando. Hoje, cerca de 500 crianças já pedalam nesse esquema.
A fábrica tem capacidade de produção de cerca de 50 bicicletas por dia e, desde o início da operação, em março, já construiu 1,5 mil. Serão 4.680 até novembro.
De acordo com o coordenador do projeto, Daniel Guth, a opção pelo bambu não é à toa. “Nossa ideia não é apenas colocar bicicletas na rua, mas também conscientizar as crianças sobre conceitos como sustentabilidade e ambientalismo. O bambu gasta muito menos energia do que o alumínio e é produzido bem perto daqui, em Bragança Paulista, o que diminui os custos com transporte. A pegada de carbono é muito pequena.”
Guth também garantiu que o material é resistente. Segundo ele, testes de resistência foram feitos a pedido da Prefeitura antes do início do projeto e cada bicicleta aguentou, em média, 1,6 tonelada antes do bambu começar a rachar. “Essas bicicletas podem durar até 20 anos”, ressaltou o designer carioca Flávio Deslandes, que concebeu a bicicleta. Ele mora na Dinamarca há mais de uma década, projeta bikes de bambu desde 1995, e desenhou o modelo do CEU especialmente para o programa municipal.
Toda a fabricação das bicicletas e dos bicicletários nos CEUs, além do treinamento dos alunos, está orçada em R$ 3,1 milhões. Os jovens recebem salário do Instituto Parada Vital, entidade contratada para o projeto.
A bicicleta é um dos veículos autorizados a circular sobre as vias urbanas e rurais pelo Código de Trânsito Brasileiro. A legislação federal diz que os ciclistas têm preferência sobre os veículos automotores e estipula dois tipos de multas diferentes para os motoristas que não respeitam a bicicleta: deixar de guardar a distância lateral de 1,5 metro ao passar ou ultrapassar bicicleta (infração média) e deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista (infração grave).
Essa mesma lei diz que é dever dos órgãos do Poder Executivo, incluindo os estaduais, planejar e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas.

Até amanhã, amig@s!
Fonte: EcoD

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Indonésia, Brasil, México e Peru obtêm grande estímulo no rastreamento de desmatamento e mensuração de biomassa

Esforços para rastrear rápida e precisamente o desmatamento e a degradação florestal na Indonésia, Brasil, México e Peru receberam um incentivo nesta semana com uma sessão de treinamento técnico especial organizado pelaForça-Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF).
O encontro, realizado na Universidade de Stanford e no campus do Vale do Silício da Google, reuniu funcionários de agências dos governos e ONGs dos quatro países tropicais e especialistas técnicos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), da Instituição Carnegie para a Ciência, do Fórum de Preparação para REDD, do Centro de Pesquisa Woods Hole e da Google Earth Outreach.
Os participantes receberam treinamento sobre o aumento do desmatamento e degradação florestal existente e sobre recursos de monitoramento de biomassa, que são altamente variáveis entre os países e entre agências e jurisdições subnacionais.
O exercício de uma semana visa melhorar os sistemas de monitoramento, reporte e verificação (MRV) para o programa de redução de emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD+) que está sendo defendido pela GCF, um esforço colaborativo entre 17 estados do Brasil, Indonésia, Nigéria, Peru e EUA para desenvolver os recursos necessários para gerar “ativos florestais com grau de conformidade” para reduzir o desmatamento e a degradação.
O GCF está trabalhando para estabelecer regras e salvaguardas para garantir que os projetos de REDD+ realmente reduzam as emissões sem causar impactos socioambientais adversos, temidos pelos críticos do conceito.
A reunião começou com uma sessão de treinamento da Instituição Carnegie para a mais nova versão do pacote de software CLASlite de análise de desmatamento e degradação florestal, que converte dados de até oito sensores de satélite diferentes em mapas detalhados de desmatamento e distúrbios florestais.
Ao contrário de outros sistemas, o CLASlite pode medir danos de exploração seletiva de madeira, que têm uma pegada global substancialmente maior do que o desmatamento geral e pode ser uma fonte significativa de emissões de gases do efeito estufa e degradação ecológica.
“Nossa meta com o CLASlite é apoiar as nações tropicais em seu esforço para mapear rotineiramente o desmatamento e a degradação florestal em seus computadores”, disse Greg Asner, ecologista do Instituto Carnegie que lidera o projeto CLASlite. “Não deve haver barreira para não especialistas no MRV.”
Asner observou que mais de 180 organizações têm sido treinadas para usar o CLASlite na região dos Andes, da Amazônia e em outros lugares. John Clark, também da Instituição Carnegie, acrescentou que os governos da Colômbia e do Peru já expandiram seus recursos para mapeamento de desmatamento e degradação em grande escala usando o CLASlite.
Alessandro Baccini e Greg Fiske do Centro de Pesquisa Woods Hole explicaram como converter dados de desmatamento e degradação para estimativas de emissões usando mapas detalhados de biomassa. Eles ressaltaram a importância de bons mapas de biomassa, e explicaram que os primeiros esforços para estimar as emissões de desmatamento eram imprecisos por causa dos dados ruins de biomassa.
O encontro terminará com uma breve visita à Google para destacar sua Earth Engine, que ajudará os usuários a encontrarem dados de satélites globais que estão incluídos no CLASlite. Aproveitando seu grande sistema de computação em nuvem, o Earth Engine foi usado em 2010 para criar um mapa detalhado da cobertura florestal e hídrica do México em menos de um dia, uma façanha que teria levado três anos usando um único computador.
A co-organizadora Claudia Stickler do IPAM afirmou ao mongabay.com que o treinamento deve aumentar a capacidade dos estados e províncias participantes da GCF para monitorar precisa e efetivamente suas florestas.
“Embora o progresso em nível internacional esteja sendo lento na evolução de sistemas de MRV, os estados e províncias em países em desenvolvimento estão indo em frente com seus próprios programas de monitoramento florestal”, declarou Stickler. “Ferramentas como o CLASlite podem apoiar esse esforço, melhorar a precisão das estimativas de emissões e estimular a capacidade técnica local de reduzir emissões do desmatamento e degradação.”
Imagem: Mapa da Amazônia peruana gerado com o CLASlite / Mongabay

Até amanhã,amig@s!
 
Traduzido por Jéssica Lipinski
Leia o original (inglês)
Autor: Rhett A. Butler   –   Fonte: Mongabay

Sem freio, Código Florestal vai de mal a pior


A sessão para votação do texto da Medida Provisória do Código Florestal no Congresso estava marcada para as 10h desta quinta-feira. Mas só às 16h os parlamentares iniciaram, de fato, a deliberação. Isso porque tanto a bancada ambientalista quanto os ruralistas estavam obstruindo a sessão. Obviamente, cada qual por um motivo diferente.
Os ambientalistas porque veem, a cada rodada de negociação do Congresso, piorar ainda mais um texto que já é muito ruim. Já a bancada ruralista ainda não se deu por satisfeita com as crueldades já aplicadas ao meio ambiente. Eles querem mais.
O relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) foi aprovado por 16 votos a favor e quatro obstruções. Mas a novela não para por aí. No dia 7 de agosto, após o recesso parlamentar, ainda serão analisados os mais de 300 destaques ao texto, podendo aumentar o estrago sem proporções. Depois disso, a MP vai para os Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, onde os ruralistas pretendem impor mais derrotas ao governo.
“A vontade de premiar o desmatamento e o criminoso ambiental parece não ter fim. Hoje, com o apoio do governo, os ruralistas pioraram ainda mais o texto que veio do Planalto. Tal como está, a lei dará ainda mais liberdade para o avanço das motosserras, deixando as florestas fadadas à destruição”, afirmou Marcio Astrini, da Campanha Amazônia.
O texto aprovado hoje vai contra o movimento global pelo desenvolvimento sustentável, tema sobre o qual girou a Conferência Rio +20, que teve no Rio de Janeiro a sua sede, no último mês de junho.
“Na Rio+20, os chefes de estado entregaram ao mundo um texto vergonhoso. Poderíamos fazer diferente e mostrar que há como se desenvolver respeitando o meio ambiente. Mas o governo só tem olhos para o passado, cede às chantagens ruralistas e, com isso, está jogando fora nosso diferencial de país”, disse Astrini.
Sem confiança na ação de seus governantes, só resta à sociedade civil a iniciativa popular. A lei do Desmatamento Zero é uma resposta ao desastroso Código ruralista. Dê sua contribuição e assine pela proteção do maior dos patrimônios nacionais.

Até amanhã, amig@s!
 
Fonte: Greenpeace

Antártica deve ser mais protegida contra ocupação humana, diz estudo


Pesquisadores internacionais afirmam em estudo que é necessário reforçar a gestão ambiental da Antártica e proteger melhor o último grande lugar “deserto” do planeta das atividades humanas.
Segundo a investigação científica publicada nesta quinta-feira (12) na revista “Science”, a proteção maior é necessária para combater ameaças como o degelo, aumento do turismo, pesca, poluição e invasão de espécies rasteiras, além de uma potencial exploração de petróleo e gás natural nas áreas ao redor.
O estudo, que teve a participação da Universidade Texas A&M, dos Estados Unidos, afirma ainda que o sistema do Tratado da Antártica, conjunto de acordos internacionais para proteção do continente que reúne 50 países, está sob pressão por conta da mudança do clima e dos interesses de governos por recursos naturais.
A Antártica possui 90% da água doce do mundo em estado sólido e é um dos locais fundamentais para pesquisas que ajudarão a compreender como o ser humano pode vencer os desafios existentes hoje na Terra, afirmam os cientistas.
De acordo com Mahlon “Chuck” Kennicutt II, oceanógrafo que liderou a pesquisa e presidente do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (Scar, na sigla em inglês), o Polo Sul serve como “termostato” para o planeta, por ser sensível, assim como o Polo Norte, às oscilações de temperatura, respondendo rapidamente a qualquer alteração no clima.
Uma proteção obrigatória e mais rígida
O grupo de cientistas sugere repensar um novo tratado para a Antártica que proíba a exploração de petróleo ou gás, já que ainda não há grande interesse das empresas de energia em investir nesta área – além da ausência de tecnologias para este ambiente.
Além disso, ressalta a importância que a Antártica terá se as calotas polares continuarem a derreter e elevar o nível dos oceanos. Investigação recente publicada na “Nature” afirma que os Estados Unidos, por exemplo, o nível do mar poderá aumentar até quatro vezes mais rapidamente do que a média mundial.
Se o aquecimento continuar, o nível do mar nesta parte da costa atlântica poderá aumentar, até 2100, 30 cm, mais que o aumento de 1 m em média em nível mundial calculado pelas projeções científicas.
“São precisos acordos e práticas que respondam a essas ameaças de forma robusta o suficiente para durar os próximos 50 anos. E que eles forneçam uma proteção necessária à Antártica”, explica Kennicutt, em comunicado divulgado.

Até amanhã, amig@s!
 
Fonte: G1