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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vietnã ameaça fechar reserva ambiental que abriga ursos

O Vietnã ameaça fechar o Parque Nacional Tam Dao, usado para abrigar ursos feridos por caçadores ilegais.


Oficialmente, pedido veio do Ministério da Defesa, que diz que a área é estratégica do ponto de vista militar. No entanto, ambientalistas que trabalham no local não se convencem com o argumento.
Segundo grupos de defesa dos animais, haveria por trás interesses de investidores, que querem transformar o local em um destino para o ecoturismo. “Não importa se as florestas estão protegidas ou não (…), o setor privado vai tentar ficar cada vez mais rico”, acusou Trinh Le Nguyen, diretor-executivo do grupo Reconciliação entre Pessoas e Natureza.
A caça ilegal de ursos é comum na região porque a bile desses animais tem valor no mercado negro da Ásia. Nos países da região – sobretudo na China – a substância é usada como um remédio para o tratamento de febres e inflamações. A bile é retirada com o animal vivo, mas o processo é doloroso e costuma deixar sequelas nos animais.
O Vietnã é um dos países mais importantes do mundo em termos de biodiversidade. Com menos de 1% da área de toda a terra do planeta, ele abriga em sua natureza cerca de 10% das espécies existentes.
 
Até amanhã, amig@s!
 
Fonte: G1

domingo, 18 de novembro de 2012

Denúncia sobre excesso de agrotóxicos leva Frei à prisão

Justiça pede prisão de frei que denunciou excesso de agrotóxicos em Minas Gerais

 
Vídeo postado na internet denuncia o excesso de agrotóxicos no feijão Unaí; religioso relaciona uso de defensivos agrícolas a índice de câncer na cidade.
 
São Paulo – Frei Gilvander Moreira, assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Minas Gerais, pode ser preso por determinação da Justiça mineira. O motivo seria um vídeo produzido e postado por ele no Youtube, em que denuncia o uso de agrotóxicos no feijão Unaí. O produto era utilizado na merenda de estudantes da cidade de Unaí, em Minas Gerais. Segundo Frei Gilvander, o excesso de agrotóxicos no alimento está relacionado ao grande número de casos de câncer na cidade. "Unaí é um distrito considerado campeão na produção de feijão e, para nossa tristeza, está sendo também campeão no número de pessoas com câncer", disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Foi conversando com a professora de uma escola municipal que Frei Gilvander ficou sabendo que 30 quilos de feijão tiveram de ser jogados fora pelas cozinheiras. "Logo perceberam que o feijão estava com muito veneno, o cheiro era fortíssimo, então decidiram não dar para as crianças." Frei Gilvander gravou um vídeo reportando a situação com o título "O feijão Unaí está envenenado?" e o colocou na internet.
 
 


"A empresa entrou na justiça contra o Google, o Youtube e conta mim, alegando danos morais. O juiz concedeu uma liminar determinado que o vídeo fosse retirado do ar." Porém, o vídeo não foi retirado pelo Google e pelo Youtube. “Desde o dia 29 de outubro, quando terminou o prazo dado pelo juiz, há um mandado de prisão contra mim.” Para o Frei, o episódio revela as prioridades do judiciário. “Isso dá a entender que o judiciário está do lado de uma empresa que não tem escrúpulos. O juiz não mandou investigar a qualidade do feijão, preferiu mandar prender quem estava denunciando.”
 


O mandado de prisão contra Frei Gilvander tem recebido apoio de movimentos sociais. Foi feito um manifesto contra o uso excessivo de agrotóxicos e contra a criminalização do Frei, assinado por mais de 80 organizações e atores sociais. Entre elas, a CUT de Minas Gerais. Os números dados pelo Frei assustam. “Nos últimos dez anos, a cada ano, em média, aparecem 1260 pessoas com câncer em Unaí, isso é quatro vezes mais que média mundial. Não podemos ser cúmplice do envenenamento da alimentação que está acontecendo no Brasil.”
Ouça aqui a entrevista de Frei Gilvander à repórter Lúcia Rodrigues.
 
Até amanhã,Amig@s!
 
Fonte:Luis Nassif Online

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ONU diz que mundo sofre ameaça de crise global de lixos urbano

Segundo estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, produção de resíduos em cidades pode quase dobrar, até 2025, para 2,2 bilhões de toneladas por ano.

As Nações Unidas lançaram um alerta, nesta terça-feira, sobre a quantidade do lixo produzido pelas cidades em todo o mundo.
De acordo como o Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, os governos devem tomar medidas urgentes para evitar o que chamou de uma ameaça de uma "crise global de resíduos". Um problema que traria consequências não só para o meio ambiente, mas tambem à saúde humana.
Baixa Renda
De acordo com um comunicado do Pnuma, emitido nesta terça-feira, todos os anos as cidades geram 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos. Segundo as estimativas da agência, a quantidade de lixo deve chegar a 2,2 bilhões de toneladas, até 2025.
A situação é mais grave nos países de baixa renda, onde, muitas vezes, o volume de coleta do lixo não alcança sequer a metade da quantidade produzida.
De acordo com o Pnuma, as cenas de lixos amontados às margens de rios, queimadas a ceu aberto e lixo tóxico são cada vez mais frequentes assim como a atração de moscas e ratos em lixões.
O tema sobre a gestão dos lixos em cidades foi discutido durante estas segunda e terça-feiras na Conferência Bienal do Pnuma e da Parceria Global sobre Gestão de Resíduos na cidade japonesa de Osaka.

Até amanhã, amig@s!

Fonte: Radio Onu

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.

domingo, 4 de novembro de 2012

Atriz Regina Duarte é voz ativa de pecuaristas contra direitos indígenas


Atualmente, os índios guarani-kaiowá e guarani-ñhandeva de Arroio-Korá vivem em situação precária e improvisada em barracos de lona na beira de estradas e em reservas indígenas do Cone Sul de Mato Grosso do Sul.
Regina Duarte discursa para fazendeiros. Foto: divulgação
 
Nos municípios da região sul e especialmente do Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai, populações indígenas reivindicam o direito pela terra atualmente ocupada por fazendeiros.
Confrontos tem acontecido com um saldo de índios mortos e feridos. Uma das terras em disputa, denominada Arroio-Korá está localizada no município de Paranhos.
O Relatório de Identificação da Terra Indígena, realizado pelo antropólogo Levi Marques Pereira e publicado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), atesta, em fontes documentais e bibliográficas, a presença dos guarani na região desde o século XVIII.
Em 1767, com a instalação do Forte de Iguatemi, os índios começaram a ter contato com os “brancos”, que aos poucos passaram a habitar a região com o objetivo de mantê-la sob a guarda da corte portuguesa. A partir de 1940, fazendeiros ocuparam a área e passaram a pressionar os indígenas para que deixassem suas terras tradicionais.
Os primeiros proprietários adquiriram as terras junto ao Governo do, então, Estado de Mato Grosso e, aos poucos, expulsaram os índios, prática comum naquela época. Contudo, os indígenas de Arroio-Korá permaneceram no solo de seus ancestrais, trabalhando como peões em fazendas.
Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Indígena foi publicado em 2004 e a demarcação homologada pela Presidência da República em 2009 (Decreto nº12.367). Porém, logo após a homologação, mandado de segurança impetrado por proprietários rurais suspendeu os efeitos do decreto presidencial.
Atualmente, os índios guarani-kaiowá e guarani-ñhandeva de Arroio-Korá vivem em situação precária e improvisada em barracos de lona na beira de estradas e em reservas indígenas do Cone Sul de Mato Grosso do Sul. Estima-se que 100 famílias sejam originárias da região.
Segundo informou o Blog União Campo Cidade e Floresta (http://uniaocampocidadeefloresta.wordpress), diversos políticos e famosos são proprietários de fazendas na área em conflito. Ratinho, Hebe Camargo e Regina Duarte estariam nessa lista. “Regina Duarte lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas, participa de comicios contra as demarcações e contra os povos indígenas em todo Brasil. No MS ela é a “Garota Propaganda” em campanhas contra indígenas”, conforme o Blog União Campo Cidade e Floresta.Jornalista Leonardo Sakamoto, do portal UOL, já havia alertado sobre a luta de Regina Duarte contra a população indígena em 2009, como pode ser observado abaixo
Leonardo Sakamoto
A atriz global e pecuarista Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), disse que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado.
Atriz Regina Duarte é criadora da raça Brahman. Foto: reprodução
 
(O deputado Ronaldo Caiado, principal defensor desses princípios, deveria cobrar royalties de Regina Duarte… Inalienáveis deveriam ser o direito à vida e à dignidade, mas terra vale mais que isso por aqui.)
“Podem contar comigo, da mesma forma que estive presentes nos momentos mais importantes da política brasileira.” Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).
Dos 60 assassinatos de indígenas ocorridos no Brasil inteiro em 2008, 42 vítimas (70% do total) eram do povo Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, de acordo com dados Conselho Indígenista Missionário (Cimi). “Ninguém é condenado quando mata um índio. Na verdade, os condenados até hoje são os indígenas, não os assassinos”, afirma Anastácio Peralta, liderança do povo Guarani Kaiowá da região.
“Nós estamos amontoados em pequenos acampamentos. A falta de espaço faz com que os conflitos fiquem mais acirrados, tanto por partes dos fazendeiros que querem nos massacrar, quanto entre os próprios indígenas que não tem alternativa de trabalho, de renda, de educação”, lamenta Anastácio Peralta.
A população Guarani Kaiowá é composta por mais de 44,5 mil. Desse total, mais de 23,3 mil estão concentrados em três terras indígenas (Dourados, Amambaí e Caarapó), demarcadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (criado em 1910 e extinto em 1967), que juntas atingem 9.498 hectares de terra. Enquanto os fazendeiros, muitos dos quais ocuparam irregularmente as terras, esparramam-se confortavelmente por centenas de milhares de hectares. O governo não tem sido competente para agilizar a demarcação de terras e vem sofrendo pressões até da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Mesmo em áreas já homologadas, os fazendeiros-invasores se negam a sair – semelhante ao que ocorreu com a Raposa Serra do Sol.
É esse massacre lento que a pecuarista apóia, como se as vítimas fossem os pobres fazendeiros. Só espero que, na tentativa de apoiar a causa, ela não resolva levar isso para a tela da TV, em um épico sobre a conquista do Oeste brasileiro, nos quais os brancos civilizados finalmente livram as terras dos selvagens pagãos.

Até amanhã, amig@s!
 
Fonte:Por OngCea

sábado, 3 de novembro de 2012

Novo estudo aumenta evidências de que pesticidas comuns estão dizimando colônias de abelhas

A evidência de que pesticidas comuns podem ser parcialmente responsáveis pelo declínio no número de abelhas continua aumentando. Muitos estudos recentes têm mostrado que pesticidas conhecidos como “neonicotinoides” podem causar vários impactos em longo prazo em colônias de abelhas, incluindo menos rainhas, abelhas operárias que se perdem e, em alguns casos, um colapso total da colmeia.
Os estudos têm sido tão convincentes que recentemente a França baniu o uso de pesticidas neonicotinoides.
Agora uma nova pesquisa descobriu mais evidências do mal causado pelos pesticidas, incluindo que as abelhas que são expostas a mais de um químico, ou seja, neonicotinoides e piretroides, são mais vulneráveis.
Em áreas agrícolas, pesticidas não são pulverizados em um ambiente controlado, e insetos como abelhas podem ficar expostos não apenas a um tipo de pesticida, mas a todo um coquetel deles. Por isso, os pesquisadores da Universidade de Londres estavam curiosos para saber como as abelhas, que recentemente foram reduzidas em número em muitas partes do mundo, saíam-se quando confrontadas com uma mistura de diferentes químicos em vez de um só.
Os cientistas dividiram 40 colônias de abelhas em quatro grupos. Um grupo foi exposto ao imidacloprida, um pesticida da família dos neonicotinoides; um segundo grupo foi exposto ao gama-cialotrina, um piretroide; um terceiro grupo foi exposto a ambos os químicos; e o último grupo não foi exposto a nenhum.
As abelhas foram expostas a doses que seriam comumente encontradas em campo e foram então monitoradas por uma tecnologia de identificação de frequência de rádio (RFID).
Os pesquisadores descobriram que as abelhas expostas ao imidacloprida perderam 41% de suas operárias em quatro semanas, comparados com os 30% das colônias de controle. No geral, a produtividade das operárias diminuiu, significando menos comida para a colmeia e menos abelhas se desenvolvendo da fase de larva, descobertas que são apoiadas por pesquisas anteriores.
As abelhas expostas apenas ao gama-cialotrina experimentaram uma taxa mais alta de mortalidade para as operárias, chegando a 51%. Mas as abelhas expostas a ambos os químicos foram as piores, perdendo 69%.
Duas das dez colônias tratadas com ambos os químicos colapsaram completamente dentro de apenas quatro semanas.
“É certamente preocupante que ter essa combinação de pesticidas lá fora possa causar um impacto tão severo [...] apenas observamos dois pesticidas, mas sabemos que há centenas de pesticidas por aí”, disse um dos autores, Richard Gill, em um vídeo da Nature.
Esses impactos provavelmente também tornarão as abelhas mais vulneráveis a outras ameaças, como doenças.
Pesquisas anteriores também mostraram que a exposição a pesticidas pode resultar em Distúrbio do Colapso de Colônias (CCD) dentro de um período de meses. Cientistas dos EUA introduziram minúsculas doses de pesticidas neonicotinoides em 16 colmeias, e deixaram quatro colmeias não expostas. Nos primeiros meses, todas as colmeias de abelhas permaneceram saudáveis, mas depois de seis meses mais de 90% (15 de 16) das colmeias com pesticidas colapsaram, enquanto as quatro colmeias de controle continuaram saudáveis.
“Não há dúvida de que os neonicotinoides colocam um grande estresse sobre a sobrevivência das abelhas no ambiente”, afirmou um dos autores, Chensheng (Alex) Lu, professor associado da HSPH, ao mongabay.com em abril.
Levou um longo tempo para que os cientistas fizessem a conexão entre a saúde das abelhas e os pesticidas, em parte por causa da forma como os agroquímicos são testados. Quando em fase de testes, os cientistas procuram ver se os pesticidas são letais, por exemplo, se eles matam imediatamente insetos benéficos como abelhas. No entanto, o foco são os impactos “subletais” dos pesticidas, ou seja, os impactos que não matam definitivamente as abelhas, mas que as prejudicam em longo prazo.
O outro problema é testar em períodos curtos de tempo, enquanto os impactos subletais podem não se tornar claros por semanas ou mesmo meses. O quadro se torna ainda mais complicado quando se considera que os pesticidas podem tornar as abelhas mais vulneráveis a outros efeitos conhecidos, como a perda de habitat e doenças.
O declínio das abelhas se tornou uma grande preocupação, já que elas estão entre os polinizadores mais importantes do mundo, tanto para colheitas agrícolas quanto para plantas selvagens. Alguns produtores na América do Norte e na Europa observaram que 90% de suas colmeias colapsaram. Embora tais colapsos periódicos já tenham ocorrido no passado, provavelmente ligados a doenças, a crise atual parece muito pior. O valor econômico das abelhas apenas nos EUA foi estimado em US$ 8-12 bilhões.

Até amanhã, amig@s!
 
Fonte: Carbono Brasil