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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fukushima e Região Serrana do Rio: catástrofes diferentes, resoluções opostas.

Hoje é dia da Dica de Reciclagem, mas não poderia deixar de escrever sobre uma notícia que me deixou encantada.

A tragédia de Fukushima ainda está muito presente na nossa  memória.
Terremotos seguidos por tsunamis e depois o desastre nuclear... Foi uma catástrofe de dimensões que só os sobreviventes puderam sentir.
Mesmo tendo acesso às imagens através da TV, nós não podemos calcular a dor daquelas pessoas.
Pois bem, no Bom Dia Brasil de hoje tive uma surpresa: cinco meses após este desastre, o governo japonês devolveu o dinheiro das pessoas que enviaram doações à Cruz Vermelha, quantia equivalente a 180 milhões de reais.
Os gestores das cidades atingidas fizeram estimativas sobre a verba necessária à reconstrução. Sobrou muito dinheiro e, por isso, devolveram.
Não pude deixar de comparar o comportamento do governo japonês ao nosso, já que houve há mais de um ano a catástrofe da região serrana do Rio de Janeiro e até agora nada foi feito.
Até hoje as pessoas afetadas pelas enchentes e desmoronamentos vivem em barracas em quadras esportivas de escolas. Muitas estão voltando às suas casas já condenadas pela Defesa Civil, por não ter condições de se abrigar em nenhum outro lugar.
A prefeitura de Nova Friburgo já roubou da verba federal destinada aos desabrigados R$10 milhões (o que foi comprovado até agora). E nada aconteceu.
Em Teresópolis o prefeito Jorge Mário foi afastado do cargo graças à pressão popular.
O que nós, brasileiros, estamos esperando para cobrar que esses ladrões engravatados devolvam o que roubaram ao povo?
Vamos aprender com os japoneses, tão sábios e sofridos, a cortar a corrupção pela raiz.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Carta da Terra: um pedido de socorro do nosso planeta.

O homem, até agora, tem um comportamento semelhante ao dos vírus: chega em um ambiente, instala-se, consome todos os recursos naturais e vai embora, para explorar outro lugar.
Para continuarmos utilizando os recursos do planeta sem que os demais habitantes da Terra sofram, ou que estes bens naturais, essenciais à nossa sobrevivência se esgotem, foi criada a Carta da Terra.
A proposta é criar resoluções práticas para os problemas ambientais que nós e nossos gestores estamos enfrentando.
Precisamos mudar nossas mentes, parar de olhar apenas o aqui e o agora. O nosso futuro depende de que tenhamos uma visão mais ampla, enxergando a importância de tudo o que há ao nosso redor.
Perceber que somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz.
Por isso, amigos, eu os convido a ler a Carta da Terra, refletir e pôr em prática seus ensinamentos.
E cobrar essa mudança de postura por parte dos que nos governam.
O planeta está em nossas mãos.




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dica de reciclagem: Papel

Papel. Usamos para tudo, descartamos com a maior facilidade.
Mas você sabia que cada papel que você rabisca e descarta corresponde a árvores e mais árvores derrubadas em vão?
Por isso, aqui vai a dica de hoje: quando precisar fazer uma anotação simples, use o verso de um papel já escrito. Aquela caixa de papelão feia pode virar um lindo baú se você tiver paciência para restaurá-la. Faça colagens, pinturas e tudo o que a imaginação mandar.
Você pode reciclar papel em casa, ou juntar e mandar para a cooperativa de catadores mais próxima de seu bairro.
Abaixo, um esquema do ciclo sustentável do papel:

Até a semana que vem, amigos!



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pela primeira vez, filhotes de pato mergulhão nascem em cativeiro.

O pato mergulhão é uma espécie em extinção. Estima-se que há apenas 250 exemplares em todo o mundo.
A boa notícia é que o esforço para reverter este quadro já está sendo feito. Em Poços de Caldas (MG) três filhotes de pato mergulhão nasceram em cativeiro. É a primeira vez que isso acontece, e estes nascimentos representam a esperança de que esta espécie não desapareça do mapa.
Os ovos foram colhidos em São Roque de Minas, Centro-Oeste do estado e enviados a Poços, onde ficaram em uma encubadora com temperatura e umidade ideais para que os filhotes rompessem a casca com segurança.
A idéia é que eles cresçam e reproduzam, para que seus descendentes possam ser soltos na natureza e cumpram seu papel no ecossistema.
Muita sorte aos bebês!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Uma história triste em um lugar lindo.

Duas amigas, Maria José e Ilma, saíram de casa em busca de um futuro melhor. Procuraram trabalho, moradia e, infelizmente, nada deu certo.
Fui fazer uma caminhada pelas montanhas próximas ao meu bairro e me deparei com estas meninas, que vivem neste lugar lindo em condições abaixo da pobreza.
Encontraram abrigo no topo do Monte das Orações, onde elas conseguiram apenas uma cama e algumas colchas que colocam entre as árvores, fazendo uma espécie de "tenda", onde dormem.
Nestes dias frios de inverno o vento não dá trégua, forçando-as a dormir em lugares horríveis, como o Cemitério da Saudade, a UPA da Região Leste de BH e outros postos de saúde. 
Durante o dia, perambulam pelas ruas à procura da oportunidade que sempre lhes é negada.
Apesar de todo o sofrimento, estas moças não perdem a esperança de dias melhores.
A elas, falta tudo: um teto, agasalho, trabalho, comida... Enfim, falta-lhes a dignidade que todo ser humano necessita para viver minimamente bem.
Apesar dessa total carência de recursos, o coração delas não endureceu. Vendo que estávamos cansadas e com sede, elas prontamente ofereceram o que tinham disponível: suco e bolo.

Sei que hoje é dia da reciclagem, mas não posso deixar de pedir ajuda para estas moças que, na sua simplicidade, dividem o pouco que têm. Corações assim estão em falta no mundo, e precisamos fazer alguma coisa para aliviar o sofrimento delas.
Todo e qualquer auxílio é bem-vindo, desde alimentação e vestuário a madeirite para que elas possam ao menos construir um cômodo para se abrigar do frio e da chuva.
Quem estiver disposto a ajudar, entre em contato comigo através do email nasentranhasdaterra@gmail.com .
Se cada um fizer um pouco por elas, tenho certeza de que em breve terão uma vida mais digna.
Desde já, muito obrigada.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Somália: Diário das Trevas.

A Somália é um país situado a Nordeste do continente africano.

Um lugar que já foi cheio de belezas naturais, fauna rica e uma História cheia de bravos guerreiros de etnias ancestrais.
Mas nos dias de hoje a realidade é outra.

No Conexão Repórter da semana passada, o que vi foi um povo triste, carente de tudo: água, alimentos, saúde e, principalmente, dignidade.
Enquanto o presidente ostenta roupas francesas e relógio suíço, a população local sofre com a ausência total de recursos essenciais à vida. Nas escolas, professores sem formação alguma mal sabem o que ensinar às crianças. Os hospitais são verdadeiros "depósitos humanos", enfermos que sofrem de doenças mentais têm os pés acorrentados às camas que, por sua vez, não oferecem conforto algum.
Para piorar a situação, o país sofre há muitos anos com uma guerra civil.
Os rebeldes invadem as casas, saqueiam tudo o que vêem pela frente, seqüestram as crianças e matam os adultos.
E o governo nada vê, nada faz. Pelo contrário, só atrapalha. Os alimentos que deveriam ser enviados aos campos de refugiados são desviados e mantidos nas mãos da elite.
A violência sexual nesses campos é corriqueira e mantida através da impunidade. Fiquei estarrecida ao ver o depoimento de uma mulher que foi estuprada por sete homens e, com o laudo pericial nas mãos, diz que a polícia e a Justiça estão de braços cruzados diante deste crime mais que hediondo.
Pessoas sem trabalho, sem paz, alimentos, saúde, vontade de viver... Estão entregues à própria sorte, esperando a morte chegar.
E o que o restante do mundo pode fazer por essas pessoas?