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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Depois da tempestade... Onde morar?

Alguém lembra da tragédia ocorrida no morro do Bumba, em Niterói (estado do RJ) há um ano atrás? Vou refrescar a memória de vocês.

Este morro veio abaixo, em uma tempestade neste período do ano passado. Os moradores construiram suas casas irregularmente, em cima de um lixão desativado. Alguns dizem até que já moravam lá antes que o terreno se tornasse baldio. Mas isso não importa. O que nos interessa ressaltar aqui é que dezenas de pessoas morreram soterradas, e outras centenas ficaram desabrigadas.
O ano de 2010 passou, e as vítimas continuam desalojadas. Serão remanejadas para um segundo abrigo, com cômodos pequenos marcados por divisórias de madeira, sem teto. Isso mesmo, sem teto.

Morro do Bumba hoje. Fonte: portal PSOL50.

Além de perder o pouco que possuíam, estas pessoas perderam também a dignidade, já que não têm uma casa, um porto seguro. Não têm onde se abrigar da chuva e do sol.
Como (e onde) ficarão os milhares de sobreviventes da maior catástrofe ambiental brasileira, a da região serrana do Rio de Janeiro? Até agora, são contados 865 corpos, e os outros continuam desabrigados.
Soube que a logística das doações está péssima, os voluntários são obrigados a colocar os donativos no meio do barro, por não ter local para estocá-los.
Temos que cobrar dos governos (federal, estadual e municipal) o mínimo de organização, para que estas pessoas, que já sofreram tanto, possam ser bem atendidas em suas necessidades básicas.
Continuem doando material de limpeza, higiene pessoal, água e alimentos não-perecíveis.
A preservação de nossa espécie depende de nós.

3 comentários:

LiCastanheira disse...

Vamos acionar o Ministério Público, pessoal.
Garantir os direitos básicos do cidadão é dever do Estado!

anita disse...

Vítimas do ano passado são esquecidas pois só as tragédias atuais são amplamente mostradas pela mídia.
É um círculo vicioso lamentável.

Cristina Rocha disse...

A mídia é sensacionalista, só mostra ao grande público as notícias que vendem jornal.
Mas temos sim que cobrar dos governantes (em todos os níveis) as devidas providências para o remédio e a prevenção de novas tragédias.
Um fenômeno que ocorre todo ano não deve passar despercebido aos olhos dos nossos gestores.