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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dica quente.

Queridos, o post de hoje é uma dica direcionada a quem se interessa em estudar a biodiversidade brasileira (marinha e terrestre) e a legislação ambiental.



O site do Ministério do Meio Ambiente disponibiliza gratuitamente vasto material para pesquisa.
Vale muito a pena conferir.

Até a próxima!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Belo (?) Monte: energia e destruição.

O projeto de Belo Monte não é novo. Começou no período da ditadura militar, em 1979, tendo em seu plano inicial a construção de cinco barragens: quatro no rio Xingu e uma no rio Iriri. Foi engavetado por conta dos problemas que o governo federal já passava com a construção da usina de Itaipu, no rio Paraná, onde houve um prejuízo social e ambiental incalculável.
Manifestantes do Greenpeace protestam contra a usina em cima de um monte de esterco.

Anos mais tarde, no governo Sarney, o então presidente tentou tirá-lo da gaveta novamente. E novamente não pôde seguir adiante, pois os povos indígenas que vivem na região começaram a organizar-se e demonstraram sua insatisfação com a construção da usina, protestando.
Do projeto inicial, restou apenas uma barragem. E esta, sozinha, alagará uma área de 12 hectares, no coração da floresta, além de deslocar 20 mil pessoas. Para onde? O governo não explica de forma alguma.


Os canais escavados terão 30km de extensão, abrirão uma fenda maior que o canal do Panamá e exterminará diversas espécies de peixes que vivem no Xingu e desovam em suas águas. Além do desastre ambiental, a população ribeirinha também sofrerá com a escassez de peixes e a seca. Isso, fora os transtornos à fauna pelo aumento do barulho, da poeira, ocupação desordenada do solo... Só problema!

Lula justifica essa loucura com o discurso do "progresso" a qualquer custo. Diz que a usina produzirá 11 mil megawatts/ano, o que não é verdade. Estudos mostram que a capacidade da usina será de, no máximo, 4 mil megawatts/ano.
E toda essa destruição será paga com o dinheiro de quem? do contribuinte, claro! O BNDES custeará 80% do valor total das obras, tendo o governo federal 30 anos (!!!) para pagar.
O balanço inicial do governo dizia que a obra custaria R$ 7 bilhões. Agora, essa marca subiu para inacreditáveis R$ 19 bilhões, e especialistas dizem que pode chegar a 30.
Dilma acaba de fazer um corte de R$ 50 bilhões na economia, e quer jogar dinheiro fora, causando toda esta devastação? Muito estranho...
Está claro que esta obra beneficiará somente aos empresários e empreiteiros que investirão nela.

É o nosso dinheiro, pessoal. É o nosso país.
Somente nós podemos fazer algo a respeito.
Vamos lotar a caixa de e-mail dos senadores, do ministro de Minas e Energia -Edison Lobão,  da ministra do Meio Ambiente - Izabela Teixeira e, porque não, da Dilma.
Liguem para os gabinetes, façam barulho.
Só assim nossas vozes serão ouvidas.

Abaixo, um vídeo que mostra bem os perigos da usina para a região e todo o planeta.










quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Depois da tempestade... Onde morar?

Alguém lembra da tragédia ocorrida no morro do Bumba, em Niterói (estado do RJ) há um ano atrás? Vou refrescar a memória de vocês.

Este morro veio abaixo, em uma tempestade neste período do ano passado. Os moradores construiram suas casas irregularmente, em cima de um lixão desativado. Alguns dizem até que já moravam lá antes que o terreno se tornasse baldio. Mas isso não importa. O que nos interessa ressaltar aqui é que dezenas de pessoas morreram soterradas, e outras centenas ficaram desabrigadas.
O ano de 2010 passou, e as vítimas continuam desalojadas. Serão remanejadas para um segundo abrigo, com cômodos pequenos marcados por divisórias de madeira, sem teto. Isso mesmo, sem teto.

Morro do Bumba hoje. Fonte: portal PSOL50.

Além de perder o pouco que possuíam, estas pessoas perderam também a dignidade, já que não têm uma casa, um porto seguro. Não têm onde se abrigar da chuva e do sol.
Como (e onde) ficarão os milhares de sobreviventes da maior catástrofe ambiental brasileira, a da região serrana do Rio de Janeiro? Até agora, são contados 865 corpos, e os outros continuam desabrigados.
Soube que a logística das doações está péssima, os voluntários são obrigados a colocar os donativos no meio do barro, por não ter local para estocá-los.
Temos que cobrar dos governos (federal, estadual e municipal) o mínimo de organização, para que estas pessoas, que já sofreram tanto, possam ser bem atendidas em suas necessidades básicas.
Continuem doando material de limpeza, higiene pessoal, água e alimentos não-perecíveis.
A preservação de nossa espécie depende de nós.