A Suécia está vivendo um “sonho
ambiental”. De todo o lixo doméstico produzido no país, apenas 4% vai
parar em aterros sanitários.
Através de várias iniciativas e até
mesmo leis que estipulam a separação de lixo reciclável, os índices de
reaproveitamento do lixo sueco se encontram bem altos. Há uma política
chamada de Responsabilidade Estendida do Produtor que obriga as empresas
a alcançarem níveis de reciclagem específicos. Para isso, o que se
adotou foi um sistema de coleta chamado de “bring” (em inglês, “traga”),
onde as pessoas separam o lixo de casa em várias categorias e depois o
levam a parques com contêineres para cada tipo de resíduo. A
responsabilidade das pessoas na separação do lixo foi reforçada pelas
taxas de aterro que foram implementadas pelo governo, através da qual um
imposto é cobrado proporcional à quantidade de lixo nesses locais.
Apesar da alta eficiência, o sistema é
complexo. As pessoas precisam dividir o lixo em diversas categorias.
Além do resíduo orgânico, os materiais recicláveis são separados em
metais, plásticos duro e mole, três tipos diferentes de papéis e vidro,
além de garrafas PET e resíduos que podem ser tóxicos. Por exigir um
processo bastante trabalhoso, essa estrutura de seleção de resíduos não é
considerada muito prática para a população.
O lixo na Suécia também é utilizado para
a fabricação de energia e calefação para uma parte considerável da
população. Através da incineração de resíduos e dos “district heatings”,
centros para distribuição de calefação, cerca de 810 mil lares são
abastecidos com calor e quase 250 mil com eletricidade.
Atualmente, o país escandinavo importa
800 mil toneladas de lixo de outros países da Europa todo ano, como
aponta o Huffington Post. Isso para incrementar a quantidade de material
para ser incinerado em seu programa energético. Todo esse cenário é um
exemplo perfeito de que, através de leis e medidas eficientes
estabelecidas pelo governo, é possível alcançar níveis de
sustentabilidade e preservação ambiental bem interessantes.
Fonte:* Com informações do Green Alliance UK
(Consumidor Moderno Consciente)